De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Produtores são orientados sobre plano sustentável
02/03/2010
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=81187
Com o intuito de sensibilizar produtores rurais no uso consciente da floresta, comprovando que a aplicação de atividades voltadas a sustentabilidade tem relação direta com o desenvolvimento econômico, o Sebrae e a Universidade Federal de Roraima (UFRRR), estão implementando diversas ações que incluem capacitação e criação de duas unidades demonstrativas com enfoque pedagógico.
A intenção é mostrar ao produtor rural alternativas de renda dentro da prática do manejo florestal de uso múltiplo onde é possível trabalhar tanto com as espécies madeireiras como as não madeireiras. As atividades de capacitação iniciaram na sexta-feira passada com os agricultores de São João da Baliza e encerram nesta terça-feira (2).
O treinamento de manejo florestal de uso múltiplo continua na quarta-feira (3) em Rorainópolis. Os produtores dos dois municípios ainda serão capacitados na área de botânica com foco na identificação de árvores, serviços ambientais, cooperativismo e associativismo.
Nesta primeira etapa, aproximadamente dez produtores indígenas da comunidade Wai-Wai também participam do curso. O agricultor da Aldeia indígena Anauá, Júnior Souza Rodrigues, disse que o objetivo do grupo é aprender sobre as diversas maneiras de aumentar a produção sem prejudicar a natureza. Júnior trabalha com a extração de madeira e castanha e a produção é escoada para o mercado do Amazonas.
O engenheiro florestal, Renato Borges, explicou que hoje dentro das recomendações dos órgãos ambientais, o produtor pode utilizar até 20% da propriedade para o uso alternativo do solo, equivalente a 12 hectares, e o restante da área é utilizado como reserva legal. Significa que 80% são conservados e devem ser trabalhados na forma de manejo florestal sustentável.
"O produtor precisa desmistificar a ideia de que essa área equivalente a 80% é inútil. A legislação não fala em preservação permanente e sim em área de conservação, o que é bem diferente. Toda essa extensão pode ser trabalhada de maneira sustentável e gerar uma alternativa de renda a todos que sobrevivem do campo", ressalta o engenheiro.
Os agricultores aprendem na prática que o plano de manejo florestal sustentável atua de forma planejada, adaptada às condições da floresta e aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento. Para isso é feito, pelos próprios participantes, um levantamento da fauna e flora, visando identificar as espécies madeireiras e não madeireiras com potencial para serem aproveitadas.
O produtor rural, Valdeci Bernardes, do sitio Terra Santa onde está localizada um das unidades demonstrativas, está entusiasmado com todas as possibilidades de trabalhar com a área que possui de 354 hectares. "Trabalho basicamente com a agricultura de subsistência e comercializo limão e laranja em pequena escala. Apesar de ter uma área rica em madeira nobre nunca pensei que pudesse aproveitar toda essa extensão com uma prática ecologicamente correta e ainda ter lucro", disse.
Entre as sugestões apresentadas aos agricultores com o objetivo de gerar lucro está a comercialização da madeira no formato de "prancha", extração de óleos da andiroba, trabalhar com a venda de frutos como açaí, castanha e buriti, comercialização de flores onde é fácil encontrar as espécies helicônias e orquídeas em grande escala, com bastante aceitação no mercado nacional e internacional.
Os benefícios econômicos do manejo florestal superam os custos, pois há um maior controle e facilidade para planejamento da exploração e redução dos desperdícios dos produtos e subprodutos da floresta, contribuindo ainda com a diminuição do desmatamento.
A intenção é mostrar ao produtor rural alternativas de renda dentro da prática do manejo florestal de uso múltiplo onde é possível trabalhar tanto com as espécies madeireiras como as não madeireiras. As atividades de capacitação iniciaram na sexta-feira passada com os agricultores de São João da Baliza e encerram nesta terça-feira (2).
O treinamento de manejo florestal de uso múltiplo continua na quarta-feira (3) em Rorainópolis. Os produtores dos dois municípios ainda serão capacitados na área de botânica com foco na identificação de árvores, serviços ambientais, cooperativismo e associativismo.
Nesta primeira etapa, aproximadamente dez produtores indígenas da comunidade Wai-Wai também participam do curso. O agricultor da Aldeia indígena Anauá, Júnior Souza Rodrigues, disse que o objetivo do grupo é aprender sobre as diversas maneiras de aumentar a produção sem prejudicar a natureza. Júnior trabalha com a extração de madeira e castanha e a produção é escoada para o mercado do Amazonas.
O engenheiro florestal, Renato Borges, explicou que hoje dentro das recomendações dos órgãos ambientais, o produtor pode utilizar até 20% da propriedade para o uso alternativo do solo, equivalente a 12 hectares, e o restante da área é utilizado como reserva legal. Significa que 80% são conservados e devem ser trabalhados na forma de manejo florestal sustentável.
"O produtor precisa desmistificar a ideia de que essa área equivalente a 80% é inútil. A legislação não fala em preservação permanente e sim em área de conservação, o que é bem diferente. Toda essa extensão pode ser trabalhada de maneira sustentável e gerar uma alternativa de renda a todos que sobrevivem do campo", ressalta o engenheiro.
Os agricultores aprendem na prática que o plano de manejo florestal sustentável atua de forma planejada, adaptada às condições da floresta e aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento. Para isso é feito, pelos próprios participantes, um levantamento da fauna e flora, visando identificar as espécies madeireiras e não madeireiras com potencial para serem aproveitadas.
O produtor rural, Valdeci Bernardes, do sitio Terra Santa onde está localizada um das unidades demonstrativas, está entusiasmado com todas as possibilidades de trabalhar com a área que possui de 354 hectares. "Trabalho basicamente com a agricultura de subsistência e comercializo limão e laranja em pequena escala. Apesar de ter uma área rica em madeira nobre nunca pensei que pudesse aproveitar toda essa extensão com uma prática ecologicamente correta e ainda ter lucro", disse.
Entre as sugestões apresentadas aos agricultores com o objetivo de gerar lucro está a comercialização da madeira no formato de "prancha", extração de óleos da andiroba, trabalhar com a venda de frutos como açaí, castanha e buriti, comercialização de flores onde é fácil encontrar as espécies helicônias e orquídeas em grande escala, com bastante aceitação no mercado nacional e internacional.
Os benefícios econômicos do manejo florestal superam os custos, pois há um maior controle e facilidade para planejamento da exploração e redução dos desperdícios dos produtos e subprodutos da floresta, contribuindo ainda com a diminuição do desmatamento.
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