De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Presença de índios ainda é incógnita

19/03/2010

Fonte: Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br



A presença de aproximadamente cinquenta índios no município de Rorainópolis - único que não possui reserva indígena - ainda é uma incógnita para a Funai (Fundação Nacional do Índio) e Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

O grupo é composto por homens, mulheres e crianças. Alguns vestem apenas tangas, outros usam roupas de não-índios e uma minoria fala a língua portuguesa. Eles apresentam sintomas de doença e fome.

Os índios estão próximo a um posto de saúde estadual, em Santa Maria do Boiaçú, à margem do rio Branco. Eles estariam sendo discriminados pela população, mas teriam dito que vão permanecer no local e arrumar emprego em fazendas da região.

De acordo com o administrador da Funai, Gonçalo Teixeira, esse é o primeiro relato de que índios tradicionais deixam reservas em direção a locais habitados por não-índios. A autarquia enviou ontem um grupo de profissionais ao local, mas, em razão da dificuldade de comunicação, não há informações concretas.

Ainda não foi possível definir a que etnia pertencem. Os índios podem ser Yanomami, que vivem na região de floresta, em uma área de 9 milhões de hectares, que vai da fronteira com a Venezuela até Caracaraí, ou Waimiri-Atroari, na divisa com o Amazonas, em uma área de 2,5 milhões de hectares. Eles ainda podem pertencer a uma subetnia. "Vamos tomar conhecimento da situação e levá-los de volta à reserva", disse.

Uma aeronave da Funasa, prevista para embarcar ontem em atendimento aos índios, não saiu de Boa Vista por causa das condições do tempo. A previsão é que o avião siga hoje para Santa Maria do Boiaçú, para resgatar os índios e levá-los de volta à reserva. A equipe é composta por enfermeiros, técnicos de endemias e um intérprete. Se for preciso, os índios podem ser removidos a Boa Vista para tratamento de saúde.

De acordo com o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, o intérprete está orientado a conversar com os indígenas para saber o motivo de eles terem saído de suas comunidades.

"Temos que saber o porquê deles se deslocarem para um local tão distante de suas comunidades. Se foi por falta de alimentação, de caça, da pesca, se foi por descer o rio Branco e se perderem no caminho e não souberam voltar, ou mesmo se foi por briga com outras comunidades", disse. (A.T.)

http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=82428
 

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