De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

"Dia D" combaterá gripe

07/04/2010

Autor: Yáskara Cavalcante

Fonte: Amazônia Jornal (PA) - http://www.orm.com.br/amazoniajornal/



Hoje, amanhã e depois a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) promove mutirões para fazer com que o terceiro grupo prioritário, formado por jovens saudáveis entre 20 e 29 anos, a ser atendido na campanha de vacinação contra a gripe A, possa ter mais tempo e oportunidade para se vacinar. A ação integra o "Dia D" da campanha do Ministério da Saúde que ocorre em todo o País no próximo sábado, 10, para chamar a atenção dos jovens. Em Belém tem a coordenação da Sesma e ocorrerá em 35 faculdades particulares da capital, além da Universidade do Estado do Pará (Uepa), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Para esta terceira fase da campanha, 280 mil doses da vacina serão disponibilizadas somente em Belém, segundo a Sesma. E para a mega-ação do dia 10, as doses poderão ser encontradas em 300 postos de saúde do município, sendo 230 fixos e 70 itinerantes.

Sérgio Pimentel, titular da Sesma, informa que nessa fase da campanha, que se iniciou anteontem e vai até o dia 23 de abril, além das grávidas, que podem se vacinar até o final do processo de vacinação, que se encerra no dia 21 de maio, os doentes crônicos e as crianças com idade entre 6 meses e 2 anos incompletos também podem tomar a vacina. "No Brasil, assim como em outros países, não foi possível adquirir a vacina para toda a população, então o Ministério da Saúde fez um estudo médico e técnico dos grupos que deveriam ser vacinados prioritariamente, e nós temos que obedecer a esse cronograma", diz.

Óbitos - Até a última quarta-feira, 31, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) contabilizava 25 óbitos pela gripe pandêmica. Os municípios de Cametá, Parauapebas e Belém registraram a maioria das mortes. Com essa quantidade de óbitos, o Pará é o Estado que mais fez vítimas fatais da doença, que já matou pelo menos 900 pessoas em todo o País.

Índio mundurucu está internado com infecção pelo vírus H1N1

Mais um caso de gripe A foi registrado entre indígenas no Pará. Membro da aldeia Mundurucu, próximo a Itaituba, o índio Landerson Munduruku, de 60 anos, foi internado na Santa Casa de Misericórdia do Pará na manhã do último dia 23 com todos os sintomas de infecção pelo vírus H1N1. Ele começou a desenvolver o quadro gripal dias antes de ser internado e como teve considerável piora, os médicos solicitaram o encaminhamento dele para o Hospital Universitário João de Barros Barreto, mas, por falta de leitos, segundo um dos médicos que atendeu o índio, o paciente ainda não conseguiu ser internado.

O médico, que preferiu não ser identificado, disse que o indígena chegou a Belém já doente, antes do dia 23. "Como ele foi piorando, a internação foi inevitável", contou o médico, informando que na última segunda-feira, 5, os médicos da Santa Casa entraram em contato com os responsáveis pela Casa do Índio para avisar que o indígena estava com a gripe A.

Como mora em uma área com grande circulação de pessoas, com grande probabilidade de proliferação do vírus, é possível que ele tenha sido infectado por algum homem branco. "Toda essa área de Itaituba e Jacareacanga estão propícias à proliferação do vírus. São regiões com muito trânsito de pessoas", informou o médico, que disse que o índio não é doente crônico.

Sobre a internação do índio, a assessoria de imprensa do Barros Barreto informou não ter conhecimento se ela aconteceu ou não até o final do dia de ontem.

Síndromes gripais e virais são esclarecidas

As diferenças entre as síndromes gripais e as virais, assim como a administração de medicamentos específicos em casos de um simples resfriado até a gripe A foram discutidas ontem à tarde, no Hospital Universitário João de Barros Barreto durante um videocurso ministrado pelo farmacêutico Alex Oliveira, através da Rede Universitária de Telemedicina. Além de médicos, assistiram à palestra acadêmicos e outros profissionais de saúde que trabalham no hospital.

Alex disse que os antivirais e antigripais têm seus prós e contras e destacou o uso e os efeitos colaterais do Tamiflu, usado no combate ao vírus H1N1. Ele ressaltou que o outro antiviral, o Relenza, que também já foi utilizado no tratamento da gripe A, deixou de ser administrado por ter apresentado resistência do vírus, o que, segundo ele, não deve demorar a acontecer com o Tamiflu, já que nos Estados Unidos foi identificado um percentual de 10,9% de cepas virais que sofreram mutação.

"Trata-se de um índice relativamente alto, preocupante. Se continuar 'mutando' desse jeito, em breve o Tamiflu também vai se tornar resistente. Por isso, a vacina é essencial para garantir a imunidade ao vírus", disse Alex. Focado no uso de antigripais, Alex citou a importância de os profissionais de saúde identificarem os sintomas de um resfriado e de uma gripe como forma de prevenir e tratar esse tipo de doença. "Um resfriado é moderado, com febre baixa e coriza. Já a gripe é progressiva, com febre alta, tosse, dor de cabeça e dor no corpo", explicou o farmacêutico.

http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=464998
 

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