De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Do Tumucumaque ao Xingu: indígenas viajam 2.300 quilômetros para trocar experiências
03/05/2010
Autor: Fernanda Bellei
Fonte: Y Ikatu Xingu - http://www.yikatuxingu.org.br/noticias
Quatro indígenas das etnias Tiriyó e Katxuyana viajam mais de dois mil quilômetros para conhecer as técnicas de plantio e cultivo das etnias que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso.
Koneto Tiriyó, Davi Katxuyana, Sebastião Katxuyana e Karauaka Aretina Tiriyó saíram do Parque Indígena do Tumucumaque, no norte do Pará próximo à fronteira com o Suriname e percorreram mais de 2.300 quilômetros para chegar ao Parque Indígena Xingu. Até o dia 10 de maio, eles vão conhecer as técnicas de cultivo e plantio dos xinguanos, começando pela região do Alto Xingu. O intercâmbio, promovido pelo Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - pretende proporcionar a troca, entre eles, de conhecimentos na lida com a terra, já que tanto as etnias do Tumucumaque quanto as xinguanas têm em comum o fato de viverem em parques indígenas e em área de transição entre floresta e cerrado.
Sebastião Katxuyana, cacique da aldeia missão Tiryó, fala de sua expectativa. "Nós, lá no Tumucumaque, plantamos na floresta. A gente faz o roçado, coloca fogo para fazer a limpeza e depois planta cana, mandioca, batata, cará, banana... Nós queremos saber como os índios do Xingu fazem isso sem destruir a natureza".
Koneto Tiryó, tesoureiro da Apitikatxi (Associação dos Povos Indígenas Tiriyó, Katxuyana e Txikuyana), conta que as terras do Parque Tumucumaque estão preservadas, mas que é preciso cuidar para que permaneçam assim. "Acho importante conhecer outras etnias para conversar sobre sua terra. Cada etnia pensa de uma maneira e todas têm conhecimentos diferentes... Acho que podemos aprender muito".
Intercâmbio
O coordenador de estudos ambientais do Iepé, Décio Yokota, está acompanhando a expedição dos índios ao Xingu. Ele explica que os Tiriyó e Katxuyana habitam o norte do Pará, divisa com o Suriname, uma região de floresta amazônica que abriga uma área de aproximadamente 500 mil hectares de cerrado. "Escolhemos o Xingu para fazer esse intercâmbio pelo paralelo de povos indígenas vivendo no cerrado. Para eles é uma experiência muito rica poder ver como o povo do Xingu se relaciona com este ecossistema".
O intercâmbio entre povos indígenas é realizado pela RCA (Rede de Cooperação Alternativa), integrada pelas organizações indígenas e indigenistas Apina (Conselho das Aldeias Wajãpi), Atix (Associação Terra Indígena Xingu), CPI/AC (Comissão Pró-Índio do Acre), CTI (Centro de Trabalho Indigenista), Associação Wyty -Catë dos Povos Timbira do MA e TO, ISA (Instituto Socioambiental), Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), Opiac (Organização dos Professores Indígenas do Acre), HAY (Hutukara Associação Yanomami) e Iepé, com o apoio do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), por meio dos projetos de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) indígena.
O Parque Indígena do Tumucumaque
O Parque Indígena do Tumucumaque fica em uma área de 3.071.070 hectares, nos estados do Amapá e Pará e tem uma população indígena estimada em estimada em mais de 1 400 índios das etnias Aparai, Akurio, Kaxuyana, Tiriyó e Wayana.
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3077
Koneto Tiriyó, Davi Katxuyana, Sebastião Katxuyana e Karauaka Aretina Tiriyó saíram do Parque Indígena do Tumucumaque, no norte do Pará próximo à fronteira com o Suriname e percorreram mais de 2.300 quilômetros para chegar ao Parque Indígena Xingu. Até o dia 10 de maio, eles vão conhecer as técnicas de cultivo e plantio dos xinguanos, começando pela região do Alto Xingu. O intercâmbio, promovido pelo Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - pretende proporcionar a troca, entre eles, de conhecimentos na lida com a terra, já que tanto as etnias do Tumucumaque quanto as xinguanas têm em comum o fato de viverem em parques indígenas e em área de transição entre floresta e cerrado.
Sebastião Katxuyana, cacique da aldeia missão Tiryó, fala de sua expectativa. "Nós, lá no Tumucumaque, plantamos na floresta. A gente faz o roçado, coloca fogo para fazer a limpeza e depois planta cana, mandioca, batata, cará, banana... Nós queremos saber como os índios do Xingu fazem isso sem destruir a natureza".
Koneto Tiryó, tesoureiro da Apitikatxi (Associação dos Povos Indígenas Tiriyó, Katxuyana e Txikuyana), conta que as terras do Parque Tumucumaque estão preservadas, mas que é preciso cuidar para que permaneçam assim. "Acho importante conhecer outras etnias para conversar sobre sua terra. Cada etnia pensa de uma maneira e todas têm conhecimentos diferentes... Acho que podemos aprender muito".
Intercâmbio
O coordenador de estudos ambientais do Iepé, Décio Yokota, está acompanhando a expedição dos índios ao Xingu. Ele explica que os Tiriyó e Katxuyana habitam o norte do Pará, divisa com o Suriname, uma região de floresta amazônica que abriga uma área de aproximadamente 500 mil hectares de cerrado. "Escolhemos o Xingu para fazer esse intercâmbio pelo paralelo de povos indígenas vivendo no cerrado. Para eles é uma experiência muito rica poder ver como o povo do Xingu se relaciona com este ecossistema".
O intercâmbio entre povos indígenas é realizado pela RCA (Rede de Cooperação Alternativa), integrada pelas organizações indígenas e indigenistas Apina (Conselho das Aldeias Wajãpi), Atix (Associação Terra Indígena Xingu), CPI/AC (Comissão Pró-Índio do Acre), CTI (Centro de Trabalho Indigenista), Associação Wyty -Catë dos Povos Timbira do MA e TO, ISA (Instituto Socioambiental), Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), Opiac (Organização dos Professores Indígenas do Acre), HAY (Hutukara Associação Yanomami) e Iepé, com o apoio do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), por meio dos projetos de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) indígena.
O Parque Indígena do Tumucumaque
O Parque Indígena do Tumucumaque fica em uma área de 3.071.070 hectares, nos estados do Amapá e Pará e tem uma população indígena estimada em estimada em mais de 1 400 índios das etnias Aparai, Akurio, Kaxuyana, Tiriyó e Wayana.
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3077
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