De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Novamente momento político nas aldeias
08/06/2010
Autor: Wilson Matos da Silva*
Fonte: Jornal O Progresso - http://www.progresso.com.br/
As aldeias Jaguapirú e Bororó, situadas na Reserva Indígena de Dourados, com quase 13.000 habitantes, supera 32 municípios do Estado de MS, em termos populacionais. Hoje, com 5.500 indígenas inscritos como eleitor na 43 Zona Eleitoral com 13 seções eleitorais, apenas duas fora das aldeias, seções 032 e 033, localizadas no colégio Pedro Palhano.
As aldeias começam a sofrer o assédio de políticos bonzinhos, são os "faz tudo", ou copa do mundo, aparecem de quatro em quatro anos, com os seus famosos afagos: apertos de mão, tapinha nas costas e, o pior de tudo: os beijoqueiros, eca!
Enquanto o parlamento indígena é apenas utopia na realidade brasileira, vamos sobrevivendo a toda sorte de malefícios das mentiras de aventureiros políticos, que invadem nossas aldeias de Dourados à cassa dos quase 5.500 eleitores indígenas, radicados nas aldeias Jaguapirú e Bororó. Os aventureiros do último pleito prometeram aos índios, água, luz, asfalto etc. e etc. Esses beijoqueiros se lá retornarem podem serem cobrados a exemplo do ocorreu em Dois Irmãos do Buriti.
Após 3 anos das últimas mentiras, os políticos estão voltando. Nós estamos de olho, é bom que saibam que por ser uma reserva indígena é área federal, descrita e protegida em lei, portanto, sujeito a restrições. Por certo, alguns políticos podem sofrer restrições, pois o Cinep/ODIN/MS, Observatório Nacional de Direitos Indígenas CEAI/OAB/Dourados (Comissão Especial de Assuntos Indígenas, da Ordem dos Advogados do Brasil, 4ª Subseção de Dourados, estão atentos para assessorar as lideranças indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó, no sentido de efetivar as denúncias de abuso.
Neste ano um grupo de indígenas, na grande maioria, jovens universitários e os profissionais já formados, se unw para formar o CPCP (Comitê Pró Consciência Política), com o objetivo de provocar o debate visando a conscientização da comunidade indígena, quanto a necessidade de representação política própria, que sustente um projeto eminentemente indígena para as aldeias.
A discussão já começou e está surpreendendo os organizadores, posto que a comunidade indígena vem demonstrando um grande interesse, em saber como funciona a maquina estatal, e, como podemos participar de fato dos programas e projetos implementados com os recursos oriundos do pagamento dos impostos que recolhemos.
A palavra de ordem é uma só: vamos deixar de ser eleitores "comprados por cachaça" como pensam alguns políticos douradense. Para sermos eleitores conscientes, primeiro do nosso dever cívico e segundo da melhoria da qualidade de vida dos nossos povos.
Nas reuniões, temos verdadeiras aulas de direito Constitucional, já que a maior dificuldade de nós os indígenas é conhecer e entender a figura do ESTADO. Quando conscientizamos de que trabalhamos quatro a cinco meses do ano para essa figura (estado), para serem investidos pelos órgãos responsáveis pela implementação das políticas de educação, saúde, habitação etc., Querem nos fazer acreditar que estão nos prestando um favor e não uma obrigação, a indignação aumenta nascendo com ela o senso crítico para podermos avaliar a ladainha de promessas estonteante a que somos obrigados a ver e ouvir.
Por certo, que o que estamos realizando nas aldeias Jaguapirú e Bororó, deverá servir de modelos a outras comunidades indígenas que margeiam cidades, com o único objetivo de resguardar direito e participar ativamente do processo de escolha de nossos governantes.
Estamos divulgando esse feito não como uma novidade, mas, como meio de pedir ajuda às entidades de classes e organizações que nos ajude a conscientizar o nosso povo para efetiva participação cívica, deixando com isso, de ser curral eleitoral ou massa de manobra de políticos incompetentes.
*É Índio Residente na Aldeia Jaguapiru, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional Coordenador do ODIN/MS, Presidente da CEAI/OAB/Dourados.
http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=46054
As aldeias começam a sofrer o assédio de políticos bonzinhos, são os "faz tudo", ou copa do mundo, aparecem de quatro em quatro anos, com os seus famosos afagos: apertos de mão, tapinha nas costas e, o pior de tudo: os beijoqueiros, eca!
Enquanto o parlamento indígena é apenas utopia na realidade brasileira, vamos sobrevivendo a toda sorte de malefícios das mentiras de aventureiros políticos, que invadem nossas aldeias de Dourados à cassa dos quase 5.500 eleitores indígenas, radicados nas aldeias Jaguapirú e Bororó. Os aventureiros do último pleito prometeram aos índios, água, luz, asfalto etc. e etc. Esses beijoqueiros se lá retornarem podem serem cobrados a exemplo do ocorreu em Dois Irmãos do Buriti.
Após 3 anos das últimas mentiras, os políticos estão voltando. Nós estamos de olho, é bom que saibam que por ser uma reserva indígena é área federal, descrita e protegida em lei, portanto, sujeito a restrições. Por certo, alguns políticos podem sofrer restrições, pois o Cinep/ODIN/MS, Observatório Nacional de Direitos Indígenas CEAI/OAB/Dourados (Comissão Especial de Assuntos Indígenas, da Ordem dos Advogados do Brasil, 4ª Subseção de Dourados, estão atentos para assessorar as lideranças indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó, no sentido de efetivar as denúncias de abuso.
Neste ano um grupo de indígenas, na grande maioria, jovens universitários e os profissionais já formados, se unw para formar o CPCP (Comitê Pró Consciência Política), com o objetivo de provocar o debate visando a conscientização da comunidade indígena, quanto a necessidade de representação política própria, que sustente um projeto eminentemente indígena para as aldeias.
A discussão já começou e está surpreendendo os organizadores, posto que a comunidade indígena vem demonstrando um grande interesse, em saber como funciona a maquina estatal, e, como podemos participar de fato dos programas e projetos implementados com os recursos oriundos do pagamento dos impostos que recolhemos.
A palavra de ordem é uma só: vamos deixar de ser eleitores "comprados por cachaça" como pensam alguns políticos douradense. Para sermos eleitores conscientes, primeiro do nosso dever cívico e segundo da melhoria da qualidade de vida dos nossos povos.
Nas reuniões, temos verdadeiras aulas de direito Constitucional, já que a maior dificuldade de nós os indígenas é conhecer e entender a figura do ESTADO. Quando conscientizamos de que trabalhamos quatro a cinco meses do ano para essa figura (estado), para serem investidos pelos órgãos responsáveis pela implementação das políticas de educação, saúde, habitação etc., Querem nos fazer acreditar que estão nos prestando um favor e não uma obrigação, a indignação aumenta nascendo com ela o senso crítico para podermos avaliar a ladainha de promessas estonteante a que somos obrigados a ver e ouvir.
Por certo, que o que estamos realizando nas aldeias Jaguapirú e Bororó, deverá servir de modelos a outras comunidades indígenas que margeiam cidades, com o único objetivo de resguardar direito e participar ativamente do processo de escolha de nossos governantes.
Estamos divulgando esse feito não como uma novidade, mas, como meio de pedir ajuda às entidades de classes e organizações que nos ajude a conscientizar o nosso povo para efetiva participação cívica, deixando com isso, de ser curral eleitoral ou massa de manobra de políticos incompetentes.
*É Índio Residente na Aldeia Jaguapiru, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional Coordenador do ODIN/MS, Presidente da CEAI/OAB/Dourados.
http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=46054
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