De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Waimiri Atroari quase foram extintos
16/07/2010
Autor: André Borges
Fonte: Valor Econômico - http://www.valoreconomico.com.br
Localizada entre o Norte do Amazonas e o Sul de Roraima, a tribo dos Waimiri Atroari já viveu episódios que quase levaram seu povo à extinção. Historicamente reconhecidos como integrantes de uma tribo combativa e de difícil acesso, os Waimiri tiveram suas vidas transformadas entre os anos de 1969 e 1977, período da construção da rodovia BR-174. Para tocar a obra e garantir a segurança dos funcionários, o governo achou que era necessário contar com o apoio do Exército. O resultado prático foi uma série de episódios de violência e transmissão de doenças que culminaram na morte de centenas de pessoas. Calcula-se que antes da construção da BR-174, a população dos Waimiri Atroari atingia 1,5 mil índios. Em 1987, o grupo estava reduzido a 374 pessoas.
Os conflitos continuaram nos anos seguintes. Na década de 1990, a reserva teve sua área reduzida em um terço para a exploração mineral. O entendimento entre os índios e os homens brancos, no entanto, cresceu. Com a construção de outra obra na região, dessa vez a usina hidrelétrica de Balbina pela Eletronorte - que represaria o rio Uatumã e inundaria 30 mil hectares da reserva -, os Waimiri firmaram um convênio com a Eletronorte. Criou-se o Programa Waimiri Atroari, projeto de 25 anos que incluiu a construção de postos de apoio da Funai para assistência aos índios. O programa prevê apoio à saúde da população, com médicos e agentes de saúde. Hoje, os Waimiri somam cerca de 1,3 mil habitantes em 22 aldeias.
"Dessa vez, com a Oi, não houve problemas de negociação", afirma o coordenador do Programa Waimiri Atroari, Marcelo Cavalcante. "Nós passamos a permitir que as ações deles avançassem assim que foram explicar para os índios o que era essa obra e como ela seria executada."
Os conflitos continuaram nos anos seguintes. Na década de 1990, a reserva teve sua área reduzida em um terço para a exploração mineral. O entendimento entre os índios e os homens brancos, no entanto, cresceu. Com a construção de outra obra na região, dessa vez a usina hidrelétrica de Balbina pela Eletronorte - que represaria o rio Uatumã e inundaria 30 mil hectares da reserva -, os Waimiri firmaram um convênio com a Eletronorte. Criou-se o Programa Waimiri Atroari, projeto de 25 anos que incluiu a construção de postos de apoio da Funai para assistência aos índios. O programa prevê apoio à saúde da população, com médicos e agentes de saúde. Hoje, os Waimiri somam cerca de 1,3 mil habitantes em 22 aldeias.
"Dessa vez, com a Oi, não houve problemas de negociação", afirma o coordenador do Programa Waimiri Atroari, Marcelo Cavalcante. "Nós passamos a permitir que as ações deles avançassem assim que foram explicar para os índios o que era essa obra e como ela seria executada."
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