De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Escola resgata as tradições
14/03/1999
Autor: (Marco Aurélio Braga)
Fonte: Agência de Notícias-Florianópolis-SC
Preocupados com o desaparecimento da cultura indígena entre os mais jovens, as escolas começam a preparar as crianças para o resgate de suas origens. Na escola isolada Vanhecú Patté, índios e mestiços têm aulas bilingues: aprendem a linguagem xoclengue e o português. Poucas crianças da reserva sabem falar a língua nativa. Até mesmo pelo costume de seus pais, alguns falam, mas não sabem escrever. Os mestiços têm mais dificuldades com a fala. Entre os pequenos, quem domina o idioma encara o privilégio como um prêmio.
Uma vez por semana, uma professora de Blumenau se desloca até a escola para ensinar arte às crianças. A lição do dia é pintar animais típicos da reserva em camisetas. Na segunda parte da manhã, os alunos se dividem diante de um quadro negro para o exercício de soletrar letras em português e na língua xoclengue.
As prima-irmãs de 8 anos, Daiane Lalá Priprá e Dorileia Culá Priprá, índias puras, já estão familiarizadas com o vocabulário xoclengue.
Artesanatos
Presbítero da Igreja Assembléia de Deus, o índio guarani Pedro dos Santos leva a vida de maneira simples. Ele é um dos poucos da reserva que ainda mantém as tradições. Para sobreviver e sustentar quatro filhos, Santos faz artesanatos. O índio guarani já rodou por várias cidades do País, sempre encantando com seus artesanatos típico. Ele confecciona arcos, flechas, chocalhos, lanças e flautas manualmente. A técnica ensinada pelos pais (pai é mestiço e a mãe índia guarani) é conservada. Já os filho pouco se interessam em aprender. "Meu material de trabalho está no quintal da minha casa. A madeira é cerni de coqueiro e as penas são das aves que eu mesmo pego na mata", conta.
Casado com uma índia xoclengue, nos momento de folga ele é a voz da tranquilidade e do consolo para os demais. Presbítero (terceiro na escala hierárquica da igreja evangélica), Santos se transforma. Coloca terno e gravata e com palavras baseadas no evangélico tenta agregar os índios. "Um dia todos nós vamos sumir e ele (Jesus) voltará para levar aqueles que seguem a sua palavra", proclama para os fiéis reunidos na pequena igreja.
Uma vez por semana, uma professora de Blumenau se desloca até a escola para ensinar arte às crianças. A lição do dia é pintar animais típicos da reserva em camisetas. Na segunda parte da manhã, os alunos se dividem diante de um quadro negro para o exercício de soletrar letras em português e na língua xoclengue.
As prima-irmãs de 8 anos, Daiane Lalá Priprá e Dorileia Culá Priprá, índias puras, já estão familiarizadas com o vocabulário xoclengue.
Artesanatos
Presbítero da Igreja Assembléia de Deus, o índio guarani Pedro dos Santos leva a vida de maneira simples. Ele é um dos poucos da reserva que ainda mantém as tradições. Para sobreviver e sustentar quatro filhos, Santos faz artesanatos. O índio guarani já rodou por várias cidades do País, sempre encantando com seus artesanatos típico. Ele confecciona arcos, flechas, chocalhos, lanças e flautas manualmente. A técnica ensinada pelos pais (pai é mestiço e a mãe índia guarani) é conservada. Já os filho pouco se interessam em aprender. "Meu material de trabalho está no quintal da minha casa. A madeira é cerni de coqueiro e as penas são das aves que eu mesmo pego na mata", conta.
Casado com uma índia xoclengue, nos momento de folga ele é a voz da tranquilidade e do consolo para os demais. Presbítero (terceiro na escala hierárquica da igreja evangélica), Santos se transforma. Coloca terno e gravata e com palavras baseadas no evangélico tenta agregar os índios. "Um dia todos nós vamos sumir e ele (Jesus) voltará para levar aqueles que seguem a sua palavra", proclama para os fiéis reunidos na pequena igreja.
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