De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Nawas têm sua nação e terras reconhecidas
17/10/2003
Autor: Juracy Xangai
Fonte: Página 20-Rio Branco-AC
Considerados extintos desde os anos 30, os índios nawas ressurgiram há pouco mais de cinco anos. Agora, a Justiça reconheceu a existência desse povo que além de voltar a usar seu nome ainda terá direito a um território que será formado em três meses usando parte das terras da Serra do Moa.
O reconhecimento do povo Nawa aconteceu na última quarta-feira durante audiência com o juiz federal David Wilson de Abreu Pardo, da 1ª Vara Federal. Dela participaram, além do cacique Nawa Ilson Carneiro de Oliveira, representantes do Ibama, Funai, Uni, Cimi, Comi e do patrimônio histórico do Acre.
Além de reconhecer o ressurgimento dessa nação, ficou decidido que aquelas 62 famílias que formam um conjunto de 362 pessoas terão direito à terra que reivindicam. Assim, Ibama e Funai comprometeram-se em demarcar, em 90 dias, as terras que terão o divisor de águas como limite sul, o rio Moa ao norte, o rio Jordão a leste e o rio Jesumira a oeste.
"Também ficou acertado que os índios darão livre acesso a fiscais e pesquisadores que precisarem usar o rio Moa para entrar no parque nacional. Funai e Ibama também estão encarregados de ajudar a comunidade a organizar um plano de manejo sustentado na área". Explica a indigenista Jacira Keppi, a qual é membro do Conselho de Missão entre Índios (Comi). Já o Incra ficou encarregado de retirar as onze famílias remanescentes de não índios, que ainda vivem naquela terra, para assentá-los na gleba Havaí, para onde irão também 120 outras famílias que moram dentro da área da Serra do Moa.
Sabor da vitória
Alegre com a solução desse problema que já se arrastava há pelo menos cinco anos, o cacique nawa Ilson Carneiro de Oliveira explica: "Antes de deixar a aldeia, na semana passada, a gente se reuniu e eles ficaram cheios de esperança que este encontro com a Justiça fosse decisivo. Eles ainda não sabem disso, mas sei que vão festejar muito".
Ele recorda que desde 1999 a comunidade vinha se organizando para fazer a exploração sustentável da área, mas vivia sempre na insegurança pelo fato de a terra não ser reconhecida como deles. "A gente já cuidava bem daquela área e agora vamos cuidar melhor ainda, pois ela é nossa e queremos que ela passe para nossos filhos ainda melhor do que a encontramos, para isso estamos preparando mudas de árvores de madeira e frutas para enriquecer a mata", disse Ilson.
O reconhecimento do povo Nawa aconteceu na última quarta-feira durante audiência com o juiz federal David Wilson de Abreu Pardo, da 1ª Vara Federal. Dela participaram, além do cacique Nawa Ilson Carneiro de Oliveira, representantes do Ibama, Funai, Uni, Cimi, Comi e do patrimônio histórico do Acre.
Além de reconhecer o ressurgimento dessa nação, ficou decidido que aquelas 62 famílias que formam um conjunto de 362 pessoas terão direito à terra que reivindicam. Assim, Ibama e Funai comprometeram-se em demarcar, em 90 dias, as terras que terão o divisor de águas como limite sul, o rio Moa ao norte, o rio Jordão a leste e o rio Jesumira a oeste.
"Também ficou acertado que os índios darão livre acesso a fiscais e pesquisadores que precisarem usar o rio Moa para entrar no parque nacional. Funai e Ibama também estão encarregados de ajudar a comunidade a organizar um plano de manejo sustentado na área". Explica a indigenista Jacira Keppi, a qual é membro do Conselho de Missão entre Índios (Comi). Já o Incra ficou encarregado de retirar as onze famílias remanescentes de não índios, que ainda vivem naquela terra, para assentá-los na gleba Havaí, para onde irão também 120 outras famílias que moram dentro da área da Serra do Moa.
Sabor da vitória
Alegre com a solução desse problema que já se arrastava há pelo menos cinco anos, o cacique nawa Ilson Carneiro de Oliveira explica: "Antes de deixar a aldeia, na semana passada, a gente se reuniu e eles ficaram cheios de esperança que este encontro com a Justiça fosse decisivo. Eles ainda não sabem disso, mas sei que vão festejar muito".
Ele recorda que desde 1999 a comunidade vinha se organizando para fazer a exploração sustentável da área, mas vivia sempre na insegurança pelo fato de a terra não ser reconhecida como deles. "A gente já cuidava bem daquela área e agora vamos cuidar melhor ainda, pois ela é nossa e queremos que ela passe para nossos filhos ainda melhor do que a encontramos, para isso estamos preparando mudas de árvores de madeira e frutas para enriquecer a mata", disse Ilson.
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