De Povos Indígenas no Brasil
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Ministro da Justiça reafirma direito dos Xavante à Marãiwtsede
03/12/2003
Fonte: Site da Funai
Após ouvir o relato emocionado dos caciques Xavante, Simão e Damião, ontem (02), no final da tarde, no auditório do Ministério da Justiça (MJ), Márcio Thomaz Bastos, afirmou que o órgão e a Funai não medirão esforços para lhes garantir o direito à Terra Indígena Marãiwtsede, reconhecida como tradicionalmente dos indígenas, demarcada, homologada e registrada em cartório e na Secretaria de Patrimônio da União. A terra indígena está invadida por posseiros e fazendeiros e, desde o dia 12 de novembro passado, a iminência de conflito preocupa autoridades, que tentam encontrar uma solução para o caso.
O ministro Bastos lembrou que os Xavante não "têm só o apoio do Ministério Público Federal, dos deputados e senadores da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, e da Funai, mas têm todo o direito à terra que já está reconhecido. "Até o final do governo o compromisso é demarcar e homologar todas as terras indígenas. Nessa questão, vocês têm todo o direito. Foi feita a portaria, demarcada, homologada e registrada. Nós precisamos agora confiar na Funai para que ela continue essa missão junto com vocês e faça os entendimentos necessários junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Superior Tribunal de Justiça, para que o MDA, através do Incra, consiga retirar os posseiros, e que o juiz decida logo a questão. Isso porque aquela terra é de vocês e não pode ser tomada e não vai ser tomada de vocês", concluiu o ministro ao agradecer a presença dos indígenas.
Relato do cacique Simão
Com a pintura corporal vermelha e preta, tradicional dos Xavante, conhecidos pelo seu espírito guerreiro, usando a também a "gravatinha", arranjada com um nó especial no pescoço, cabelos e testas pintados com a tinta vermelha do urucum e bordunas na mão, quarenta lideranças Xavante sentiram-se perfeitamente à vontade ao ocuparem parte do auditório do Ministério da Justiça, depois de se reunirem, no início da tarde, com deputados e senadores da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, no Ministério Público Federal, com o objetivo de buscar uma solução para retornarem à sua terra indígena demarcada e homologada, porém invadida.
Enfático e decidido, o cacique Simão, disse que os Xavante não têm mais paciência para esperar e por isso vieram a Brasília falar direto com o ministro. "Xavante não tem mais paciência. Eu vim correndo porque o prazo está demorando, está enrolando. Só promete sem decisão. Paciência do Xavante não é muito longe e eu vim correndo dar um prazo porque é responsabilidade do ministro. Eu vim correndo. O índio está acampando, esperando uma solução. Então todo mundo está cansado com isso. Sua excelência, nós não tem medo de morrer. Não tem medo não. O índio tem coragem. O fazendeiro está acampado na beira do rio prá não deixar passar. Terra nossa. Excelência, ministro, é isso que traz índio aqui. Tem que resolver mais rápido possível. Estamos perdendo paciência de ver posseiros. Nós vamos retomar Marãiwtsede" concluiu o cacique.
O ministro Bastos lembrou que os Xavante não "têm só o apoio do Ministério Público Federal, dos deputados e senadores da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, e da Funai, mas têm todo o direito à terra que já está reconhecido. "Até o final do governo o compromisso é demarcar e homologar todas as terras indígenas. Nessa questão, vocês têm todo o direito. Foi feita a portaria, demarcada, homologada e registrada. Nós precisamos agora confiar na Funai para que ela continue essa missão junto com vocês e faça os entendimentos necessários junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Superior Tribunal de Justiça, para que o MDA, através do Incra, consiga retirar os posseiros, e que o juiz decida logo a questão. Isso porque aquela terra é de vocês e não pode ser tomada e não vai ser tomada de vocês", concluiu o ministro ao agradecer a presença dos indígenas.
Relato do cacique Simão
Com a pintura corporal vermelha e preta, tradicional dos Xavante, conhecidos pelo seu espírito guerreiro, usando a também a "gravatinha", arranjada com um nó especial no pescoço, cabelos e testas pintados com a tinta vermelha do urucum e bordunas na mão, quarenta lideranças Xavante sentiram-se perfeitamente à vontade ao ocuparem parte do auditório do Ministério da Justiça, depois de se reunirem, no início da tarde, com deputados e senadores da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, no Ministério Público Federal, com o objetivo de buscar uma solução para retornarem à sua terra indígena demarcada e homologada, porém invadida.
Enfático e decidido, o cacique Simão, disse que os Xavante não têm mais paciência para esperar e por isso vieram a Brasília falar direto com o ministro. "Xavante não tem mais paciência. Eu vim correndo porque o prazo está demorando, está enrolando. Só promete sem decisão. Paciência do Xavante não é muito longe e eu vim correndo dar um prazo porque é responsabilidade do ministro. Eu vim correndo. O índio está acampando, esperando uma solução. Então todo mundo está cansado com isso. Sua excelência, nós não tem medo de morrer. Não tem medo não. O índio tem coragem. O fazendeiro está acampado na beira do rio prá não deixar passar. Terra nossa. Excelência, ministro, é isso que traz índio aqui. Tem que resolver mais rápido possível. Estamos perdendo paciência de ver posseiros. Nós vamos retomar Marãiwtsede" concluiu o cacique.
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