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Reserva pode ser a maior mina do mundo, diz secretário

25/11/2004

Fonte: Estadão do Norte-Porto Velho-RO



O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, falando em entrevista a Radiobras, na terça-feira, sobre a reserva mineral de Roosevelt, disse que: 'Pelo que já se encontrou de diamantes e pelo tamanho da área de incidências geológicas, mostram que poderíamos estar diante de uma das maiores reservas de diamante do mundo'. Segundo ele é estimada que a capacidade total da reserva mineral que existe dentro da reserva indígena de Roosevelt seja de 15 kimberlitos, ou seja, 15 vezes maior do que a capacidade da maior mina de diamantes do mundo que fica na África, que possui de um a dois kimberlitos. Mas, ressaltou também que a extração do mineral terá que ser feita com cautela, para evitar mais conflitos na região, onde foram mortos 29 garimpeiros, que entraram na reserva clandestinamente, no início do ano. São 1.200 indígenas que vivem no local e cerca de 6.000 garimpeiros interessados nas pedras. 'Seria uma terceira etapa de regulamentação desse procedimento de maneira sistemática, razoável e controlada pelo Estado brasileiro', lembrou ele.
Para isso, uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União [DOU] determina que os índios entreguem, dentro de 15 dias, todos os diamantes que estão sob seu poder para que os técnicos da Caixa Econômica Federal possam avaliar e depois realizar um leilão. 'São dois peritos em diamantes e estão levando equipamentos manuais que permitem com precisão saber se uma pedra é ou não é diamante', explicou ele. As pedras serão enviadas ao Rio de Janeiro, onde passarão por uma avaliação mais profunda e depois serão levadas à leilão de maneira coordenada pelos especialistas da Caixa. O dinheiro será revertido em benefício da própria comunidade indígena. Barreto explicou que os índios vão ter todas as garantias possíveis sobre a propriedade das pedras.
'Os índios tem a garantia sim de que essas pedras serão lacradas na sua frente, identificadas por técnicos da Caixa que estão no local e a partir daí terá a assinatura da Funai, da Caixa Econômica e do próprio índio', garantiu.
 

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