De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Tragédia anunciada 2
28/02/2005
Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Um drama está acometendo as nações indígenas em Mato Grosso do Sul e parece que o governo federal ainda não se deu conta da tragédia. Na última sexta-feira (25) morreu de fome a sexta criança indígena da etnia guarani-kaiowá deste ano em Mato Grosso do Sul. É o quarto caso do mês, todos nas aldeias indígenas de Dourados, no sul do Estado e a 220 quilômetros de Campo Grande.
Oficialmente, a Funasa, órgão responsável pela saúde dos índios, diz que a causa da morte não foi identificada. Mas a mãe da vítima, Neuza Fernandes, afirma que Robson, 2, há quase dois meses é alimentado apenas com macarrão cozido sem tempero. Naquele dia fatídico, o menino amanheceu reclamando de dores na barriga, depois começou a vomitar e defecar sangue. A mãe diz que não tem comida em casa.
Na semana passada, morreu Rosivaldo Gonçalves Barbosa, de um ano e 11 meses, no Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança. Segundo o atestado de óbito, o menino teve desnutrição protéica calórica severa.
Jenifer Duarte Gonçalves, de um ano e três meses, morreu no mesmo período a caminho do hospital da missão, na Reserva Indígena de Dourados. A menina, da Aldeia Bororó, chegou morta no Hospital da Missão Kaiowá. Segundo o atestado de óbito, a menina foi vítima de desnutrição severa.
Ainda durante a semana morreu vítima de subnutrição no Hospital da Mulher de Dourados, Kely Fernandes Arévalo. Ela sofreu complicações decorrentes de um quadro de desnutrição crítico. Estes foram os quatro casos do último mês.
No Brasil, a história tem mostrado que somente depois de arrombada a porta da casa recebe uma tranca. Foi assim com a missionária americana Dorothy Stang, que muitos vezes denunciou ter sido ameaçada de morte porque estava contrariando interesses de grileiros e fazendeiros na região Sul do Pará. Precisou a freira morrer para o governo interceder e tomar as medidas cabíveis, no caso a retomada das terras da União que estavam na mão de grileiros profissionais.
Quantas mais crianças índias terão que morrer de fome para que o governo intervenha nesse caso?
Oficialmente, a Funasa, órgão responsável pela saúde dos índios, diz que a causa da morte não foi identificada. Mas a mãe da vítima, Neuza Fernandes, afirma que Robson, 2, há quase dois meses é alimentado apenas com macarrão cozido sem tempero. Naquele dia fatídico, o menino amanheceu reclamando de dores na barriga, depois começou a vomitar e defecar sangue. A mãe diz que não tem comida em casa.
Na semana passada, morreu Rosivaldo Gonçalves Barbosa, de um ano e 11 meses, no Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança. Segundo o atestado de óbito, o menino teve desnutrição protéica calórica severa.
Jenifer Duarte Gonçalves, de um ano e três meses, morreu no mesmo período a caminho do hospital da missão, na Reserva Indígena de Dourados. A menina, da Aldeia Bororó, chegou morta no Hospital da Missão Kaiowá. Segundo o atestado de óbito, a menina foi vítima de desnutrição severa.
Ainda durante a semana morreu vítima de subnutrição no Hospital da Mulher de Dourados, Kely Fernandes Arévalo. Ela sofreu complicações decorrentes de um quadro de desnutrição crítico. Estes foram os quatro casos do último mês.
No Brasil, a história tem mostrado que somente depois de arrombada a porta da casa recebe uma tranca. Foi assim com a missionária americana Dorothy Stang, que muitos vezes denunciou ter sido ameaçada de morte porque estava contrariando interesses de grileiros e fazendeiros na região Sul do Pará. Precisou a freira morrer para o governo interceder e tomar as medidas cabíveis, no caso a retomada das terras da União que estavam na mão de grileiros profissionais.
Quantas mais crianças índias terão que morrer de fome para que o governo intervenha nesse caso?
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