De Povos Indígenas no Brasil

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Tempo de amamentação é curto

08/04/2005

Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT



Antes de vir a Cuiabá, os cinco deputados federais membros da comissão foram a Campinápolis (530 km de Cuiabá), onde seis crianças indígenas morreram de desnutrição neste ano. No município, há 173 aldeias indígenas onde vivem 14 mil Xavantes. Entre janeiro e março, a Funasa pesquisou a condição de saúde de 937 crianças do local. Dessas, 3,6% estavam em estado grave de desnutrição (risco de morte). Outras 12,85% foram acometidas por desnutrição média e 8,22% encontravam-se em situação de risco (estavam abaixo do peso, mas ainda não eram consideradas desnutridas).

Na audiência pública, o prefeito da cidade, Altino Vieira Rezende, pontuou a maternidade precoce e a falta de amamentação como pontos agravantes da desnutrição indígena na região. Segundo Rezende, o intervalo entre uma maternidade e outra era de dois anos, tempo hoje reduzido a menos de um ano, o que dificulta a amamentação pela mãe. O presidente da Sociedade Mato-grossense de Pediatria, José Rubens do Amaral, também tocou nesse ponto e sugeriu medidas de incentivo ao aleitamento materno. "Antes, o aleitamento materno durava até quatro anos. Hoje, não chega a seis meses", alerta Amaral. (FB)
 

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