De Povos Indígenas no Brasil
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PF indicia funcionário da Funai e 23 índios por massacre de garimpeiros
11/04/2005
Autor: HUDSON CORRÊA
Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
A PF (Polícia Federal) indiciou o funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio) Walter Fontoura Blós e 23 índios cintas-largas pelo massacre de 29 garimpeiros, ocorrido no dia 7 de abril de 2004 dentro da reserva indígena Roosevelt, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho), Rondônia.
Segundo lideranças indígenas, os garimpeiros foram mortos porque invadiram a área em busca de diamantes.
Desde agosto de 2003, os 1.300 cintas-largas mantinham um garimpo na terra indígena. A extração das pedras preciosas, que eram contrabandeadas para o exterior movimentando até US$ 50 milhões por mês, foi paralisada após o massacre.
O inquérito, concluído ontem, corre em segredo de Justiça. Segundo informações da PF, Blós e os índios foram indiciados com base no artigo 121 do Código Penal, parágrafo 2º, que define homicídio qualificado, e nos incisos três (emprego de tortura), quatro (emboscada) e cinco (ocultação do crime).
Indiciamento é o mecanismo pelo qual o delegado aponta os prováveis responsáveis pelo crime.
O inquérito será enviado à Justiça Federal. O Ministério Público Federal poderá então oferecer denúncia (acusação formal) contra os indiciados ou pedir mais investigação à PF.
Na época do massacre, Blós era o chefe de um grupo tarefa da Funai encarregado de resolver o conflito entre garimpeiros e índios.
A Funai informou ontem que Blós foi a trabalho à terra indígena dos parakanas no sul do Pará. "Ele está incomunicável", disse o vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa. Segundo ele, os advogados do órgão vão dar assistência jurídica aos índios.
O gerente do garimpo, o índio Pandere Cinta-Larga, também indiciado, disse que estava programada para a tarde de ontem uma reunião na qual seria discutida a conclusão do inquérito policial com o delegado da PF Mauro Sposito.
Pandere afirmou que os garimpeiros em busca de diamantes continuam invadindo a terra indígena que tem 2,7 milhões de hectares (equivalente a 18 vezes o tamanho da cidade de São Paulo).
A reportagem não conseguiu falar com diretores do sindicato de garimpeiros de Espigão d'Oeste. Quando houve o massacre, eles disseram que foram convidados a entrar na área por lideranças indígenas.
Antes de serem mortos, os 29 garimpeiros foram amarrados pelos índios. Blós afirmou na época que os cintas-largas foram xingados de vagabundos e, por isso, mataram o grupo.
Três corpos foram resgatados no dia 11 de abril e outros 26 no dia 19. A PF abriu uma clareira na mata e puxou os mortos, enrolados em lona amarela, com um cabo lançado de um helicóptero.
Segundo lideranças indígenas, os garimpeiros foram mortos porque invadiram a área em busca de diamantes.
Desde agosto de 2003, os 1.300 cintas-largas mantinham um garimpo na terra indígena. A extração das pedras preciosas, que eram contrabandeadas para o exterior movimentando até US$ 50 milhões por mês, foi paralisada após o massacre.
O inquérito, concluído ontem, corre em segredo de Justiça. Segundo informações da PF, Blós e os índios foram indiciados com base no artigo 121 do Código Penal, parágrafo 2º, que define homicídio qualificado, e nos incisos três (emprego de tortura), quatro (emboscada) e cinco (ocultação do crime).
Indiciamento é o mecanismo pelo qual o delegado aponta os prováveis responsáveis pelo crime.
O inquérito será enviado à Justiça Federal. O Ministério Público Federal poderá então oferecer denúncia (acusação formal) contra os indiciados ou pedir mais investigação à PF.
Na época do massacre, Blós era o chefe de um grupo tarefa da Funai encarregado de resolver o conflito entre garimpeiros e índios.
A Funai informou ontem que Blós foi a trabalho à terra indígena dos parakanas no sul do Pará. "Ele está incomunicável", disse o vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa. Segundo ele, os advogados do órgão vão dar assistência jurídica aos índios.
O gerente do garimpo, o índio Pandere Cinta-Larga, também indiciado, disse que estava programada para a tarde de ontem uma reunião na qual seria discutida a conclusão do inquérito policial com o delegado da PF Mauro Sposito.
Pandere afirmou que os garimpeiros em busca de diamantes continuam invadindo a terra indígena que tem 2,7 milhões de hectares (equivalente a 18 vezes o tamanho da cidade de São Paulo).
A reportagem não conseguiu falar com diretores do sindicato de garimpeiros de Espigão d'Oeste. Quando houve o massacre, eles disseram que foram convidados a entrar na área por lideranças indígenas.
Antes de serem mortos, os 29 garimpeiros foram amarrados pelos índios. Blós afirmou na época que os cintas-largas foram xingados de vagabundos e, por isso, mataram o grupo.
Três corpos foram resgatados no dia 11 de abril e outros 26 no dia 19. A PF abriu uma clareira na mata e puxou os mortos, enrolados em lona amarela, com um cabo lançado de um helicóptero.
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