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Garimpeiros desafiam a morte para extrair diamantes em reserva indígena

18/04/2005

Autor: PAULO RICARDO

Fonte: Estadão do Norte-Porto Velho-RO



Nos últimos 45 dias, mais de 20 garimpeiros foram presos extraindo ilegalmente diamantes da Reserva Roosevelt, fazendo com que haja um temor de novas matanças a exemplo do que aconteceu no ano passado, quando 29 garimpeiros foram massacrados por índios Cinta-Larga, fato que, inclusive, teve repercussão internacional. Na tarde de sexta-feira, a Polícia Florestal conseguiu prender mais 6 garimpeiros que estavam na reserva e, há denúncia de que os próprios índios estariam autorizando a extração de diamante.
A Polícia Florestal vem tendo um grande trabalho para conter a invasão de garimpeiros que teimam em desafiar a morte ao invadirem a reserva "sagrada". Uma denúncia poderá ser alvo de investigação policial: alguns índios estariam autorizando ilegalmente a entrada de garimpeiros na reserva. De acordo com denúncias, os 6 garimpeiros presos na tarde de sexta-feira estariam montando uma máquina de extração de diamante para um índio. O problema é que a entrada de garimpeiros na reserva faz com que seja feito um retrospecto do que aconteceu há um ano, com a matança que ficará marcada na história de Rondônia.

MASSACRE
Os crimes aconteceram em 7 de abril do ano passado, nas proximidades do garimpo do Laje, que fica dentro da reserva, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho). O massacre ocorreu devido à disputa por jazidas de diamantes, cuja extração é feita ilegalmente. Na ocasião os índios Cinta-Larga afirmaram que as mortes ocorreram porque precisavam defender o território indígena, as mulheres e as crianças. Os guerreiros também estariam irritados com as supostas ameaças de garimpeiros que teriam dito, nos dias que antecederam os assassinatos, que mataria qualquer índio que os questionassem dentro da reserva Rooselvelt.
Dos 29 mortos no massacre de 2004, 26 foram encontrados com as mãos amarradas com cipós e tiveram como causa mortis pancadas de instrumentos como tacapes. Três apresentavamm marcas de tiros. Na época, os laudos afirmavam que houve requinte de crueldade e uma chacina, uma vez que todos os corpos tinham diversas perfurações.
Ainda no ano passado, dias após o massacre, representantes da associação indígena teriam dito, em rede nacional, através do Fantástico (da Rede Globo) que estariam disposto a matar mais garimpeiros que ousassem entrar na Reserva Roosevelt.
 

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