De Povos Indígenas no Brasil
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Incêndio devasta terra indígena no Maranhão há quase dois meses
28/10/2015
Fonte: FSP - http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano
Incêndio devasta terra indígena no Maranhão há quase dois meses
MARCELO TOLEDO
DE RIBEIRÃO PRETO
Há quase dois meses uma equipe de 290 pessoas tenta, sem sucesso, combater os focos de incêndio que ameaçam a terra indígena Arariboia, no Maranhão. Os homens do Ibama, da Funai, do Exército, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar contam tratores, carros, caminhões, helicópteros, três aviões e uma ambulância, mas nada disso tem sido suficiente.
Ao menos 185 mil hectares, área equivalente a 45% do total e a quase 260 mil campos de futebol, já foram queimados, e o fogo ameaça uma aldeia de índios isolados. Os awa-guaja, cuja população é estimada em 80 pessoas, habitam uma área próxima aos focos de incêndio.
Há ainda outros 12 mil indígenas na região atingida pelo fogo, que é um dos maiores já combatidos no país, segundo o Ibama (instituto brasileiro do meio ambiente).
Gabriel Constantino Zacharias, chefe do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama, diz que o principal objetivo é proteger a área onde vivem os índios isolados e depois conter o avanço do fogo na região. A vegetação fechada e o vento facilitam a rápida propagação do fogo.
Para a equipe de combate, os madeireiros são responsáveis por parte dos incêndios. "É preciso que o Estado brasileiro busque alternativa, apoio internacional, formas de controlar esse fogo que está ameaçando a vida do povo awa-guaja, que é um povo sem nenhum contato com a sociedade brasileira e que está pedindo socorro", afirmou Sônia Guajajara, da Arariboia e da coordenação executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).
Segundo ela, os focos são provocados, "com certeza, pela falta de proteção e pelo desmatamento ilegal que tem tomado conta de todo o território". Para Sônia, o episódio revela a inoperância e a falta de preparo do governo para atuar em emergências.
O governo do Chile enviou ao Brasil 20 mil litros de um retardante químico que tem como objetivo atrasar a evaporação da água usada no combate ao fogo. Após a diluição, ele permite cerca de 40 lançamentos de 5.000 litros aéreos na mata, afirma Zacharias, do Prevfogo.
O Ibama também contratou 60 índios de três etnias em julho, por um prazo de seis meses, como reforço.
Segundo o Greenpeace, que sobrevoou a área no fim de semana, ainda há 64 grandes focos de incêndio na área.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1699627-incendio-devasta-terra-indigena-no-maranhao-ha-quase-dois-meses.shtml
MARCELO TOLEDO
DE RIBEIRÃO PRETO
Há quase dois meses uma equipe de 290 pessoas tenta, sem sucesso, combater os focos de incêndio que ameaçam a terra indígena Arariboia, no Maranhão. Os homens do Ibama, da Funai, do Exército, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar contam tratores, carros, caminhões, helicópteros, três aviões e uma ambulância, mas nada disso tem sido suficiente.
Ao menos 185 mil hectares, área equivalente a 45% do total e a quase 260 mil campos de futebol, já foram queimados, e o fogo ameaça uma aldeia de índios isolados. Os awa-guaja, cuja população é estimada em 80 pessoas, habitam uma área próxima aos focos de incêndio.
Há ainda outros 12 mil indígenas na região atingida pelo fogo, que é um dos maiores já combatidos no país, segundo o Ibama (instituto brasileiro do meio ambiente).
Gabriel Constantino Zacharias, chefe do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama, diz que o principal objetivo é proteger a área onde vivem os índios isolados e depois conter o avanço do fogo na região. A vegetação fechada e o vento facilitam a rápida propagação do fogo.
Para a equipe de combate, os madeireiros são responsáveis por parte dos incêndios. "É preciso que o Estado brasileiro busque alternativa, apoio internacional, formas de controlar esse fogo que está ameaçando a vida do povo awa-guaja, que é um povo sem nenhum contato com a sociedade brasileira e que está pedindo socorro", afirmou Sônia Guajajara, da Arariboia e da coordenação executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).
Segundo ela, os focos são provocados, "com certeza, pela falta de proteção e pelo desmatamento ilegal que tem tomado conta de todo o território". Para Sônia, o episódio revela a inoperância e a falta de preparo do governo para atuar em emergências.
O governo do Chile enviou ao Brasil 20 mil litros de um retardante químico que tem como objetivo atrasar a evaporação da água usada no combate ao fogo. Após a diluição, ele permite cerca de 40 lançamentos de 5.000 litros aéreos na mata, afirma Zacharias, do Prevfogo.
O Ibama também contratou 60 índios de três etnias em julho, por um prazo de seis meses, como reforço.
Segundo o Greenpeace, que sobrevoou a área no fim de semana, ainda há 64 grandes focos de incêndio na área.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/10/1699627-incendio-devasta-terra-indigena-no-maranhao-ha-quase-dois-meses.shtml
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