De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Indígenas hostilizam policiais
02/06/2005
Autor: Lidiane Barros
Fonte: Folha do Estado-Cuiabá-MT
Índios terenas enfrentaram quarta-feira (01) a Polícia Federal e a Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) após terem ocupado a sede da Funai em Cuiabá. O encontro entre a PF e os indígenas ocorreu por volta das 18 horas, quando 25 reféns já haviam sido liberados.
Seguiram até a Funai 10 agentes da PF e os delegados Toni Jean e Eduardo Rogério Rodrigues dos Santos, com apoio da Rotam.
O clima inicial foi de hostilidade e os terenas não permitiram a entrada da Polícia Federal, que segundo Eduardo Rogério, teria ido até lá só para confirmar se todos os funcionários haviam sido liberados.
Antes de deixarem o local, os delegados da PF aconselharam os índios para que agissem com consciência e não fizessem nada que chegasse a prejudicar outras pessoas. Estes confirmaram que isso não seria feito, visto que os funcionários já haviam sido liberados.
Quanto à ocupação da Funai, disseram os indígenas: "A Funai é nossa, isso aqui é nossa casa. Ninguém pode nos tirar daqui".
Durante um longo período desta quarta-feira, cerca de 50 indígenas mantiveram como reféns os funcionários do órgão, liberados por volta das 17 horas de ontem.
Os índios reivindicam a demarcação oficial da área de 52 mil hectares, nos municípios de Matupá e Peixoto de Azevedo, cedidos pelo Incra à Funai. Para tanto, necessitariam, também, de assistência de subsistência, de transporte, maquinários e auxílio-alimentação com a entrega de cestas básicas para cada uma das cerca de 80 famílias - até que iniciem suas plantações. Pediram ainda atenção administrativa, com a implantação de um posto da Funai para resolver mais rapidamente as questões burocráticas entre índios e governo.
Tempo
Há dois anos a área das glebas Iriri e Jarinã foi reservada aos indígenas, mas segundo o cacique terena Milton Rondon, "eles foram assentados, mas a Funai não definiu nada. Desde o final de 2002 aguardamos a resolução, lutando e protestando na rodovia. Na verdade, nossa luta por um lugar já vem há mais de 20 anos".
De acordo com o diretor substituto da Funai, Luiz Antônio do Araújo, os índios desejam que o órgão banque a reocupação da área, por meio do programa de assistência, mas a Funai em Mato Grosso não dispõe de recursos para tal. "Só se vier de Brasília", garantiu.
Ontem, no documento encaminhado para o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, os índios oficializaram a suas reivindicações para acelerar e efetivar a demarcação da área, porém, segundo o cacique Milton Rondon, o chefe de gabinete Roberto Lustosa, contrário a um acordo, garantiu que enviaria a Polícia Federal de Mato Grosso para liberar os reféns e retirá-los da sede da Funai em Cuiabá.
Seguiram até a Funai 10 agentes da PF e os delegados Toni Jean e Eduardo Rogério Rodrigues dos Santos, com apoio da Rotam.
O clima inicial foi de hostilidade e os terenas não permitiram a entrada da Polícia Federal, que segundo Eduardo Rogério, teria ido até lá só para confirmar se todos os funcionários haviam sido liberados.
Antes de deixarem o local, os delegados da PF aconselharam os índios para que agissem com consciência e não fizessem nada que chegasse a prejudicar outras pessoas. Estes confirmaram que isso não seria feito, visto que os funcionários já haviam sido liberados.
Quanto à ocupação da Funai, disseram os indígenas: "A Funai é nossa, isso aqui é nossa casa. Ninguém pode nos tirar daqui".
Durante um longo período desta quarta-feira, cerca de 50 indígenas mantiveram como reféns os funcionários do órgão, liberados por volta das 17 horas de ontem.
Os índios reivindicam a demarcação oficial da área de 52 mil hectares, nos municípios de Matupá e Peixoto de Azevedo, cedidos pelo Incra à Funai. Para tanto, necessitariam, também, de assistência de subsistência, de transporte, maquinários e auxílio-alimentação com a entrega de cestas básicas para cada uma das cerca de 80 famílias - até que iniciem suas plantações. Pediram ainda atenção administrativa, com a implantação de um posto da Funai para resolver mais rapidamente as questões burocráticas entre índios e governo.
Tempo
Há dois anos a área das glebas Iriri e Jarinã foi reservada aos indígenas, mas segundo o cacique terena Milton Rondon, "eles foram assentados, mas a Funai não definiu nada. Desde o final de 2002 aguardamos a resolução, lutando e protestando na rodovia. Na verdade, nossa luta por um lugar já vem há mais de 20 anos".
De acordo com o diretor substituto da Funai, Luiz Antônio do Araújo, os índios desejam que o órgão banque a reocupação da área, por meio do programa de assistência, mas a Funai em Mato Grosso não dispõe de recursos para tal. "Só se vier de Brasília", garantiu.
Ontem, no documento encaminhado para o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, os índios oficializaram a suas reivindicações para acelerar e efetivar a demarcação da área, porém, segundo o cacique Milton Rondon, o chefe de gabinete Roberto Lustosa, contrário a um acordo, garantiu que enviaria a Polícia Federal de Mato Grosso para liberar os reféns e retirá-los da sede da Funai em Cuiabá.
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