De Povos Indígenas no Brasil
News
Situação de indígenas em São Gabriel da Cachoeira é grave
14/10/2016
Fonte: EBC- http://radios.ebc.com.br
"São gente, são povos que têm sentimento, que têm coração como nós": o sentimento da coordenadora da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Almerinda Ramos, é compartilhado pelos que acompanham e tentam mudar a realidade dos povos Hupd'äh e Yuhupdëh, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Batalham para que esses índios sejam reconhecidos como gente.
No entanto, a peleja em buscar documentos de cidadania para cada membro da família, transforma esses indígenas em acampados miseráveis. São discriminados e trapaceados pela inocência. Na opinião do coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), Domingos Sávio, a cidade de São Gabriel é terra sem lei.
"É uma cidade sem lei, entendeu? A gente vê esses povos lá jogados, morrendo, toda semana morrendo. Mas como é que a Promotoria, como é que nós todos não conseguimos fazer isso?", disse o coordenador da Funai. Para Domingos, é necessário que diversos órgãos públicos assumam responsabilidades, para mudar a vida desses indígenas.
Após audiência realizada em março deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) fez diversas recomendações a órgãos públicos. Mas, segundo o procurador Fernando Merloto, quase nada foi cumprido.
"Efetivamente, né, na prática, a gente viu muito pouca mudança. A gente pediu essa alteração nesse atendimento da prefeitura, pediu a instalação de um posto fixo da Caixa Econômica Federal lá, não só para essas questões, mas para todas. Formam filas assim de mais de mil pessoas, entendeu? Exposto ao sol o dia inteiro para receber um benefício. É algo surreal, né", disse o procurador do MPF.
Alguns indígenas Hupd'äh já chegaram a elaborar um documento com os problemas e as possíveis soluções para as diversas demandas. Eles falam sobre a criação de uma Associação dos Povos Hupd'äh e Yuhupdëh que possa atuar em nome dos indígenas; aquisição de um barco pela associação, que atendimentos em saúde sejam feitos por métodos de índios e não-índios, construção de escola na área indígena, entre outros.
Em artigo publicado na revista de direitos humanos "Aracê", no início deste ano, diversos antropólogos sugerem que a medida mais urgente para a situação é fomentar grupos de trabalho interinstitucionais, para discutir as dimensões dos problemas vividos pelos indígenas e as práticas de instituições como a Funai, MPF, e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
http://radios.ebc.com.br/jornal-da-amazonia-1a-edicao/edicao/2016-10/situacao-de%20indigenas-em-sao-gabriel-da-cachoeira-e-grave
No entanto, a peleja em buscar documentos de cidadania para cada membro da família, transforma esses indígenas em acampados miseráveis. São discriminados e trapaceados pela inocência. Na opinião do coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), Domingos Sávio, a cidade de São Gabriel é terra sem lei.
"É uma cidade sem lei, entendeu? A gente vê esses povos lá jogados, morrendo, toda semana morrendo. Mas como é que a Promotoria, como é que nós todos não conseguimos fazer isso?", disse o coordenador da Funai. Para Domingos, é necessário que diversos órgãos públicos assumam responsabilidades, para mudar a vida desses indígenas.
Após audiência realizada em março deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) fez diversas recomendações a órgãos públicos. Mas, segundo o procurador Fernando Merloto, quase nada foi cumprido.
"Efetivamente, né, na prática, a gente viu muito pouca mudança. A gente pediu essa alteração nesse atendimento da prefeitura, pediu a instalação de um posto fixo da Caixa Econômica Federal lá, não só para essas questões, mas para todas. Formam filas assim de mais de mil pessoas, entendeu? Exposto ao sol o dia inteiro para receber um benefício. É algo surreal, né", disse o procurador do MPF.
Alguns indígenas Hupd'äh já chegaram a elaborar um documento com os problemas e as possíveis soluções para as diversas demandas. Eles falam sobre a criação de uma Associação dos Povos Hupd'äh e Yuhupdëh que possa atuar em nome dos indígenas; aquisição de um barco pela associação, que atendimentos em saúde sejam feitos por métodos de índios e não-índios, construção de escola na área indígena, entre outros.
Em artigo publicado na revista de direitos humanos "Aracê", no início deste ano, diversos antropólogos sugerem que a medida mais urgente para a situação é fomentar grupos de trabalho interinstitucionais, para discutir as dimensões dos problemas vividos pelos indígenas e as práticas de instituições como a Funai, MPF, e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
http://radios.ebc.com.br/jornal-da-amazonia-1a-edicao/edicao/2016-10/situacao-de%20indigenas-em-sao-gabriel-da-cachoeira-e-grave
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source