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Relatório da Funasa sobre mortes de crianças é "inconclusivo", diz Conselho Indigenista
10/03/2006
Autor: Beatriz Pasqualino
Fonte: Radiobrás-Brasília-DF
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) criticou hoje (10) o relatório da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) sobre as mortes de crianças Apinajés nas aldeias do município de Tocantinópolis (TO). Em nota, o Cimi classificou o documento como "vazio e inconclusivo".
De janeiro de 2005 até o mês passado, 15 crianças indígenas morreram vítimas de desidratação e diarréia aguda, sendo que oito delas somente este ano. No relatório divulgado ontem (8) pela Funasa, o órgão descartou a possibilidade de surto nas aldeias e afirmou que os casos "correspondem a um aumento sazonal dessas doenças que acontece no estado". No entanto, o Cimi rebate o argumento. "Apesar do número de mortes ter dobrado em 2006, em relação a todo o ano de 2005, a Fundação insiste que esse é um problema 'normal' que ocorre em um período crítico do ano", diz a nota.
Segundo o conselho, a equipe da força-tarefa da Funasa enviada ao local para investigar a situação ficou duas semanas nas 15 aldeias. "Além do curto período de permanência, não foram realizados os exames laboratoriais das amostras coletadas para exames. Ao divulgar um relatório que não utiliza esses resultados dos exames, a Funasa demonstra que não fez uma investigação séria e compromissada", diz o documento. A Funasa informa ter analisado a água que abastece as aldeias, além de ter feito a avaliação médica e nutricional de todas as crianças.
O Cimi conclui a nota afirmando que acompanha cotidianamente a situação dos povos indígenas do Tocantins e que é "perceptível a falta de responsabilidade da Funasa em relação à saúde indígena". De acordo com o conselho, faltam profissionais qualificados para atender a demanda da região.
De janeiro de 2005 até o mês passado, 15 crianças indígenas morreram vítimas de desidratação e diarréia aguda, sendo que oito delas somente este ano. No relatório divulgado ontem (8) pela Funasa, o órgão descartou a possibilidade de surto nas aldeias e afirmou que os casos "correspondem a um aumento sazonal dessas doenças que acontece no estado". No entanto, o Cimi rebate o argumento. "Apesar do número de mortes ter dobrado em 2006, em relação a todo o ano de 2005, a Fundação insiste que esse é um problema 'normal' que ocorre em um período crítico do ano", diz a nota.
Segundo o conselho, a equipe da força-tarefa da Funasa enviada ao local para investigar a situação ficou duas semanas nas 15 aldeias. "Além do curto período de permanência, não foram realizados os exames laboratoriais das amostras coletadas para exames. Ao divulgar um relatório que não utiliza esses resultados dos exames, a Funasa demonstra que não fez uma investigação séria e compromissada", diz o documento. A Funasa informa ter analisado a água que abastece as aldeias, além de ter feito a avaliação médica e nutricional de todas as crianças.
O Cimi conclui a nota afirmando que acompanha cotidianamente a situação dos povos indígenas do Tocantins e que é "perceptível a falta de responsabilidade da Funasa em relação à saúde indígena". De acordo com o conselho, faltam profissionais qualificados para atender a demanda da região.
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