De Povos Indígenas no Brasil
News
Artista plástico Jaider Esbell retrata Amazônia em exposição
19/03/2018
Autor: Juan Gabriel
Fonte: A crítica http://www.acritica.com/
A representatividade amazônica ganha novos contornos a partir da visão do artista plástico indígena Jaider Esbell, de origem Macuxi. O resultado estará à mostra para todo o público a partir deste sábado, dia 17, no Centro de Artes da Ufam (Caua), localizado na Rua Monsenhor Coutinho, Centro de Manaus. O espaço receberá duas coleções do artista intituladas de "Era uma vez Amazônia" e "Meu avô Macunaíma", além de vídeos sobre a vida e obra de Jaider que estarão em exibição até o dia 13 de abril.
Cerca de trinta e um quadros estarão no local que, para a noite de estreia, terá horário de visitação das 18h às 21h. De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h, os visitantes poderão conhecer as obras que buscam abordar dois aspectos diferentes dentro do contexto regional, transitando pelo místico da cultura nortista e a realidade de uma parcela da população amazônica vista agora sob outra ótica.
Coleções
Com a coleção "Era uma vez Amazônia", Jaider teve a oportunidade de percorrer todo o Nordeste (com exceção de Alagoas) e Sudeste do país de forma itinerante e independente desde 2016, apresentando as dezesseis obras feitas com o objetivo de retratar uma visão atualizada sobre a Amazônia do ponto de vista de um habitante local, onde buscou levar o público a uma reflexão a cerca do capitalismo que ronda o nativo da terra.
"Ela vem trazendo essa reflexão bastante crítica de pensar o próprio nativo, o ribeirinho, como colaborador dessa destruição (do ambiente) por uma opção que ele não tem como escolher. Isso porque ele precisa destruir alguns recursos da Amazônia devido a economia global, ele tem que vender uma espécie nativa por exemplo, fazer negócio com garimpeiro. É algo que surge como uma reflexão que não justifica, mas mostra e ilustra a participação de todos nós nessa ciranda capitalista", aponta o artista.
Ao longo do último ano, Jaider trabalhou incessantemente na produção dos quadros que compõe a coleção "Meu avô Macunaíma". Para Manaus, o artista traz as quinze obras remanescentes de um total de vinte e uma pintadas (seis delas foram vendidas). Segundo o indígena, o objetivo da coleção é conduzir para um processo de afirmação e aceitação de uma ligação familiar direta com a figura folclórica que, entre outros sentidos, representa a força da floresta.
"Ela vem também contrapondo a outra exposição. Macunaíma não foi contextualizado a época e a gente vem hoje, quase quarenta anos depois, destacar essa figura. Eu me apresento como neto direto de Macunaíma, é uma questão de fazer parte de um processo de reconhecimento, de reparação. Precisamos melhorar em termos de identidade coletiva, mostrar que ele não é folclore de fato e que tem muita gente, inclusive eu, que reconhece essa relação de parentesco familiar", conta Jaider.
Temporada europeia
Após encerrar a exposição em Manaus, Jaider Esbell embarca imediatamente para a Europa onde percorrerá alguns pontos importantes do Velho Continente com dois objetivos distintos. O primeiro é fazer uma articulação artística entre sua terra natal, a cidade de Normandia, no interior de Roraima, com a cidade de Normandia, na França. Durante o período, que ocupará todo o restante do mês de abril, o artista buscará fazer essa conexão e promoverá além de suas obras, atividades artísticas práticas com os habitantes franceses. As cidades de Viena e Genebra também estão no roteiro.
O segundo objetivo do indígena em solo europeu é participar das gravações de um longa-metragem de 90 minutos chamado "Amazonian Cosmos", que retratará a visão cósmica da Amazônia com os índios. Durante as gravações, o artista revela buscar um objetivo ainda maior. "Um dos pontos que passaremos para gravar é em Roma, na Itália e nosso objetivo será conseguir nos encontrar com o Papa", destaca Jaider.
http://www.acritica.com/channels/entretenimento/news/artista-plastico-jaider-esbell-retrata-amazonia-em-exposicao
Cerca de trinta e um quadros estarão no local que, para a noite de estreia, terá horário de visitação das 18h às 21h. De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h, os visitantes poderão conhecer as obras que buscam abordar dois aspectos diferentes dentro do contexto regional, transitando pelo místico da cultura nortista e a realidade de uma parcela da população amazônica vista agora sob outra ótica.
Coleções
Com a coleção "Era uma vez Amazônia", Jaider teve a oportunidade de percorrer todo o Nordeste (com exceção de Alagoas) e Sudeste do país de forma itinerante e independente desde 2016, apresentando as dezesseis obras feitas com o objetivo de retratar uma visão atualizada sobre a Amazônia do ponto de vista de um habitante local, onde buscou levar o público a uma reflexão a cerca do capitalismo que ronda o nativo da terra.
"Ela vem trazendo essa reflexão bastante crítica de pensar o próprio nativo, o ribeirinho, como colaborador dessa destruição (do ambiente) por uma opção que ele não tem como escolher. Isso porque ele precisa destruir alguns recursos da Amazônia devido a economia global, ele tem que vender uma espécie nativa por exemplo, fazer negócio com garimpeiro. É algo que surge como uma reflexão que não justifica, mas mostra e ilustra a participação de todos nós nessa ciranda capitalista", aponta o artista.
Ao longo do último ano, Jaider trabalhou incessantemente na produção dos quadros que compõe a coleção "Meu avô Macunaíma". Para Manaus, o artista traz as quinze obras remanescentes de um total de vinte e uma pintadas (seis delas foram vendidas). Segundo o indígena, o objetivo da coleção é conduzir para um processo de afirmação e aceitação de uma ligação familiar direta com a figura folclórica que, entre outros sentidos, representa a força da floresta.
"Ela vem também contrapondo a outra exposição. Macunaíma não foi contextualizado a época e a gente vem hoje, quase quarenta anos depois, destacar essa figura. Eu me apresento como neto direto de Macunaíma, é uma questão de fazer parte de um processo de reconhecimento, de reparação. Precisamos melhorar em termos de identidade coletiva, mostrar que ele não é folclore de fato e que tem muita gente, inclusive eu, que reconhece essa relação de parentesco familiar", conta Jaider.
Temporada europeia
Após encerrar a exposição em Manaus, Jaider Esbell embarca imediatamente para a Europa onde percorrerá alguns pontos importantes do Velho Continente com dois objetivos distintos. O primeiro é fazer uma articulação artística entre sua terra natal, a cidade de Normandia, no interior de Roraima, com a cidade de Normandia, na França. Durante o período, que ocupará todo o restante do mês de abril, o artista buscará fazer essa conexão e promoverá além de suas obras, atividades artísticas práticas com os habitantes franceses. As cidades de Viena e Genebra também estão no roteiro.
O segundo objetivo do indígena em solo europeu é participar das gravações de um longa-metragem de 90 minutos chamado "Amazonian Cosmos", que retratará a visão cósmica da Amazônia com os índios. Durante as gravações, o artista revela buscar um objetivo ainda maior. "Um dos pontos que passaremos para gravar é em Roma, na Itália e nosso objetivo será conseguir nos encontrar com o Papa", destaca Jaider.
http://www.acritica.com/channels/entretenimento/news/artista-plastico-jaider-esbell-retrata-amazonia-em-exposicao
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source