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Banco Central defende criação de grupo para tentar deter ouro ilegal, diz Ibram
27/07/2022
Fonte: Valor Econômico, Brasil, p. A6.
Documentos anexos
Banco Central defende criação de grupo para tentar deter ouro ilegal, diz Ibram
Quatro organizações levaram o tema ao presidente do BC
27/07/2022
O Banco Central propôs ontem a criação de um grupo para discutir novos mecanismos para deter a exploração e comércio de ouro ilegal no Brasil, segundo informou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reúne grandes mineradoras que operam no país.
Ainda segundo nota divulgada pelo Ibram, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontou que a instituição "tem interesse em aprofundar os conhecimentos sobre indícios de irregularidades na participação de Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) na cadeia de comércio de ouro". E que propôs a criação de um grupo de trabalho com setores público e privado "para discutir e apresentar soluções para aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização e controle sobre a produção e comercialização de ouro no país". Consultada pelo Valor, a assessoria do BC afirmou que não comentaria o assunto.
O tema foi tratado em uma reunião entre Campos Neto com representantes do Ibram, do Instituto Escolhas, do Instituto Socioambiental (ISA) e do Instituto Ethos. As organizações, segundo o Ibram, levaram ao presidente do BC preocupações em relação ao ouro extraído ilegalmente por garimpeiros que atuam em terras indígenas e em unidades de conservação.
Há anos, a Polícia Federal, Ministério Público e outros órgãos de controle realizam operações para retirada de garimpeiros de ouro das áreas onde a atividade é proibida.
Além de danos ambientais, exploração de ouro em áreas proibidas acaba fomentando a circulação de metal de origem ilegal. Autoridades e instituições que estudam as brechas na cadeia do ouro levantam constantemente a possibilidade de que parte desse ouro de origem ilegal acabe sendo "esquentado" e abasteça o mercado de joias, a indústria e o mercado financeiro.
Nessa cadeia, as DTVMs, são autorizadas pelo BC, a adquirir ouro de garimpos que operam com permissão. No entanto, regras consideradas frouxas não teriam como garantia que o metal adquirido pelas DTVMs provém apenas de áreas de garimpos legais.
Em meio a suspeitas e flagrantes constantes de garimpos irregulares, sobretudo na Amazônia, refinarias de ouro da Suíça se comprometeram no fim de junho a não importar ouro que possa ter vindo de áreas indígenas do Brasil.
Valor Econômico, 27/07/2022, Brasil, p. A6.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/27/banco-central-defende-criacao-de-grupo-para-tentar-deter-ouro-ilegal-diz-ibram.ghtml
Quatro organizações levaram o tema ao presidente do BC
27/07/2022
O Banco Central propôs ontem a criação de um grupo para discutir novos mecanismos para deter a exploração e comércio de ouro ilegal no Brasil, segundo informou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que reúne grandes mineradoras que operam no país.
Ainda segundo nota divulgada pelo Ibram, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontou que a instituição "tem interesse em aprofundar os conhecimentos sobre indícios de irregularidades na participação de Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) na cadeia de comércio de ouro". E que propôs a criação de um grupo de trabalho com setores público e privado "para discutir e apresentar soluções para aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização e controle sobre a produção e comercialização de ouro no país". Consultada pelo Valor, a assessoria do BC afirmou que não comentaria o assunto.
O tema foi tratado em uma reunião entre Campos Neto com representantes do Ibram, do Instituto Escolhas, do Instituto Socioambiental (ISA) e do Instituto Ethos. As organizações, segundo o Ibram, levaram ao presidente do BC preocupações em relação ao ouro extraído ilegalmente por garimpeiros que atuam em terras indígenas e em unidades de conservação.
Há anos, a Polícia Federal, Ministério Público e outros órgãos de controle realizam operações para retirada de garimpeiros de ouro das áreas onde a atividade é proibida.
Além de danos ambientais, exploração de ouro em áreas proibidas acaba fomentando a circulação de metal de origem ilegal. Autoridades e instituições que estudam as brechas na cadeia do ouro levantam constantemente a possibilidade de que parte desse ouro de origem ilegal acabe sendo "esquentado" e abasteça o mercado de joias, a indústria e o mercado financeiro.
Nessa cadeia, as DTVMs, são autorizadas pelo BC, a adquirir ouro de garimpos que operam com permissão. No entanto, regras consideradas frouxas não teriam como garantia que o metal adquirido pelas DTVMs provém apenas de áreas de garimpos legais.
Em meio a suspeitas e flagrantes constantes de garimpos irregulares, sobretudo na Amazônia, refinarias de ouro da Suíça se comprometeram no fim de junho a não importar ouro que possa ter vindo de áreas indígenas do Brasil.
Valor Econômico, 27/07/2022, Brasil, p. A6.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/27/banco-central-defende-criacao-de-grupo-para-tentar-deter-ouro-ilegal-diz-ibram.ghtml
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