De Povos Indígenas no Brasil
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Ações contra garimpos reduzem em 90% voos clandestinos na Terra Yanomami e somam 42 toneladas de cassiterita apreendida
27/06/2023
Fonte: G1 - https://g1.globo.com
Ações contra garimpos reduzem em 90% voos clandestinos na Terra Yanomami e somam 42 toneladas de cassiterita apreendida
Números são das Forças Armadas, referentes a cinco meses de operações contra os invasores. Ibama, PF e PRF também atuam de forma permanente no território desde que o governo federal decretou emergência.
27/06/2023
A repressão contra garimpeiros na Terra Indígena Yanomami atingiu a marca de 42 toneladas de cassiterita apreendidas, além da redução de 90% dos voos clandestinos que operaram para os invasores no território. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Exército, em Boa Vista, e fazem parte da operação Ágata Fronteira Norte.
Os dados divulgados em coletiva à imprensa constam (entre bens apreendidos ou inutilizados):
Cassiterita - 42,029 kg
Combustível - 8.800 litros
Ouro - 1,742 gramas
Mangote - 1,570 metros
Mercúrio - 1.158 gramas
Alimentos - 1.000 kg
Munição - 726
Barraca - 514
Motor e máquina - 415
Celulares - 133
Balsa - 112
Gerador - 90
Arma de fogo - 39
Embarcação e aeronave - 41
Tonéis de combustíveis - 16
Outros - 67
Não havia nenhum representante indígena da Terra Yanomami na coletiva, formada por comandantes da Forças Armadas e os superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Roraima e do Ibama.
Além das apreensões, a operação destruiu cerca de 19 garimpos ilegais dentro do território indígena. Também foram identificadas 70 pistas de pouso clandestinas e 35 mil km foram sobrevoados em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).
"Temos a oportunidade de mostrar o esforço que o estado brasileiro vem fazendo para resolver, solucionar os problemas que na Terra Indígena Yanomami e, principalmente, como nós fazemos isso de uma forma coordenada, de uma forma impecável com as agências, com os órgãos federais. Isso tudo nos garante uma sinergia de esforços, que é fundamental para que nós cumpramos com sucesso as próximas atividades", disse o general de Exército, Ricardo Augusto.
Pela manhã, o Exército fez sobrevoo na Terra Indígena Yanomami com varias equipes de imprensa, mas nenhuma equipe local participou.
De acordo com o Exército, 2.424 atendimentos médicos foram realizados no território. As operações também entregaram 23.438 cestas básicas à população da TIY. O transporte de alimentos faz parte de uma das frentes de atuação das Forças Armadas na crise sanitária no território.
As ações tem sido feitas pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), composta pela FAB, Exército e Marinha.
No último dia 22, o governo federal determinou que o Ministério da Defesa atue diretamente em ações de repreensão ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, maior território indígena do Brasil. Anteriormente, o Ministério apenas fornecia dados de inteligência e transporte aéreo logístico para os órgãos e agências que atuam na desintrusão de garimpeiros do território.
Agora, além delas, o órgão deve executar atividades de prevenção e repressão contra crimes "transfronteiriços e ambientais, na faixa de fronteira terrestre e nas águas interiores".
Segundo a decisão, os agentes poderão realizar patrulhamentos, revistar pessoas e veículos, como embarcações e aeronaves. Eles também poderão atuar em ações de prisões em flagrante.
Estiveram na coletiva de imprensa o major BMPE Jaldemar Ribeiro Pimentel Júnior, o brigadeiro do Ar Andre Gustavo Fernandes Peçanha, Chefe do Estado-Major do Comando Conjunto, o general de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, Comandante do Comando Conjunto, o contra-almirante (FN) Luis Manoel de Campos Mello, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Roraima, Marcelo Aguiar da Silva e o superintendente do Ibama em Roraima, Diego Milléo.
Terra Yanomami
Maior território indígena do Brasil, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma crise sanitária e humanitária sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa - problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente - com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território - este último tem como linha de frente o Ibama, Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2023/06/27/acoes-contra-garimpos-reduzem-em-90percent-voos-clandestinos-na-terra-yanomami-e-somam-42-toneladas-de-cassiterita-apreendida.ghtml
Números são das Forças Armadas, referentes a cinco meses de operações contra os invasores. Ibama, PF e PRF também atuam de forma permanente no território desde que o governo federal decretou emergência.
27/06/2023
A repressão contra garimpeiros na Terra Indígena Yanomami atingiu a marca de 42 toneladas de cassiterita apreendidas, além da redução de 90% dos voos clandestinos que operaram para os invasores no território. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Exército, em Boa Vista, e fazem parte da operação Ágata Fronteira Norte.
Os dados divulgados em coletiva à imprensa constam (entre bens apreendidos ou inutilizados):
Cassiterita - 42,029 kg
Combustível - 8.800 litros
Ouro - 1,742 gramas
Mangote - 1,570 metros
Mercúrio - 1.158 gramas
Alimentos - 1.000 kg
Munição - 726
Barraca - 514
Motor e máquina - 415
Celulares - 133
Balsa - 112
Gerador - 90
Arma de fogo - 39
Embarcação e aeronave - 41
Tonéis de combustíveis - 16
Outros - 67
Não havia nenhum representante indígena da Terra Yanomami na coletiva, formada por comandantes da Forças Armadas e os superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Roraima e do Ibama.
Além das apreensões, a operação destruiu cerca de 19 garimpos ilegais dentro do território indígena. Também foram identificadas 70 pistas de pouso clandestinas e 35 mil km foram sobrevoados em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).
"Temos a oportunidade de mostrar o esforço que o estado brasileiro vem fazendo para resolver, solucionar os problemas que na Terra Indígena Yanomami e, principalmente, como nós fazemos isso de uma forma coordenada, de uma forma impecável com as agências, com os órgãos federais. Isso tudo nos garante uma sinergia de esforços, que é fundamental para que nós cumpramos com sucesso as próximas atividades", disse o general de Exército, Ricardo Augusto.
Pela manhã, o Exército fez sobrevoo na Terra Indígena Yanomami com varias equipes de imprensa, mas nenhuma equipe local participou.
De acordo com o Exército, 2.424 atendimentos médicos foram realizados no território. As operações também entregaram 23.438 cestas básicas à população da TIY. O transporte de alimentos faz parte de uma das frentes de atuação das Forças Armadas na crise sanitária no território.
As ações tem sido feitas pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), composta pela FAB, Exército e Marinha.
No último dia 22, o governo federal determinou que o Ministério da Defesa atue diretamente em ações de repreensão ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, maior território indígena do Brasil. Anteriormente, o Ministério apenas fornecia dados de inteligência e transporte aéreo logístico para os órgãos e agências que atuam na desintrusão de garimpeiros do território.
Agora, além delas, o órgão deve executar atividades de prevenção e repressão contra crimes "transfronteiriços e ambientais, na faixa de fronteira terrestre e nas águas interiores".
Segundo a decisão, os agentes poderão realizar patrulhamentos, revistar pessoas e veículos, como embarcações e aeronaves. Eles também poderão atuar em ações de prisões em flagrante.
Estiveram na coletiva de imprensa o major BMPE Jaldemar Ribeiro Pimentel Júnior, o brigadeiro do Ar Andre Gustavo Fernandes Peçanha, Chefe do Estado-Major do Comando Conjunto, o general de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, Comandante do Comando Conjunto, o contra-almirante (FN) Luis Manoel de Campos Mello, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Roraima, Marcelo Aguiar da Silva e o superintendente do Ibama em Roraima, Diego Milléo.
Terra Yanomami
Maior território indígena do Brasil, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma crise sanitária e humanitária sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa - problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente - com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território - este último tem como linha de frente o Ibama, Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2023/06/27/acoes-contra-garimpos-reduzem-em-90percent-voos-clandestinos-na-terra-yanomami-e-somam-42-toneladas-de-cassiterita-apreendida.ghtml
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