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Indígenas preparam vigília no Museu Nacional para cobrar devolução do manto tupinambá à Bahia
04/06/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Indígenas preparam vigília no Museu Nacional para cobrar devolução do manto tupinambá à Bahia
Ministério dos Povos Indígenas disse que 'irá buscar apoio para o evento'; Museu Nacional não se pronunciou
Laura Intrieri
04/06/0225
O Conselho Indígena Tupinambá de Olivença (Cito) realizará entre 30 de junho e 5 de julho a 2ª Vigília do Manto Sagrado Tupinambá. O evento será nos arredores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde a vestimenta está desde julho de 2024.
O grupo reivindica a devolução do manto, que estava na Dinamarca desde 1689, para Olivença, no sul da Bahia.
Na cerimônia de repatriação do item no Museu Nacional, em setembro do ano passado, Lula defendeu o envio da peça para Olivença. "O lugar dele não é aqui", disse. Oito meses depois, entretanto, nenhum diálogo formal sobre a pauta avançou.
A primeira vigília foi realizada durante o recebimento do manto no museu. Na ocasião, os indígenas se hospedaram na instituição cultural Unicirco Marcos Frota. Há uma negociação para que o local seja usado novamente agora.
"Se não derem lugar nenhum, a gente vai acampar em qualquer lugar. Nem que seja lá no terreno do museu", afirma Jennyffer Bekoy, que faz parte do conselho.
Bekoy questiona se o manto estaria em segurança no Museu Nacional, lembrando do incêndio de 2018 que assolou a instituição. "Como é que está seguro se é um museu que pegou fogo? No nosso território vai estar mais protegido", afirma.
Ela diz ainda que o Cito oficiou órgãos como o Ministério dos Povos Indígenas, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Museu Nacional em busca de apoio para a realização do evento. Nenhuma das pastas, contudo, enviou resposta aos indígenas até o momento.
A Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou à coluna que manifestações públicas são permitidas e que não planeja nenhum tipo de intervenção na vigília.
Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas disse que "irá buscar apoio e articulação para a realização da vigília". Sobre a transferência do manto para a Bahia, a pasta afirmou que é necessário "um acordo amplo que inclui a construção de um local adequado no estado que possa receber e garantir a conservação".
O ministério afirma que trabalha para criar uma política pública de preservação de itens indígenas em seus territórios. A pasta disse que apoia "a demanda de retomada e repatriação de artefatos que fazem parte das histórias dos povos indígenas".
O Museu Nacional não se pronunciou. Em abril, a instituição afirmou, em nota, que não havia participado até então de nenhuma reunião com representantes do povo tupinambá após a chegada do manto ao Brasil, nem iniciado processo sobre o seu envio para a Bahia.
"É importante lembrar que os representantes do povo tupinambá concordaram com todos os pontos da negociação que permitiu a volta do ancião ao Brasil, a partir da doação do Museu da Dinamarca como contribuição para o processo de reconstrução do Museu Nacional da UFRJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro", diz o comunicado de abril.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/06/indigenas-preparam-vigilia-no-museu-nacional-para-cobrar-devolucao-do-manto-tupinamba-a-bahia.shtml
Ministério dos Povos Indígenas disse que 'irá buscar apoio para o evento'; Museu Nacional não se pronunciou
Laura Intrieri
04/06/0225
O Conselho Indígena Tupinambá de Olivença (Cito) realizará entre 30 de junho e 5 de julho a 2ª Vigília do Manto Sagrado Tupinambá. O evento será nos arredores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde a vestimenta está desde julho de 2024.
O grupo reivindica a devolução do manto, que estava na Dinamarca desde 1689, para Olivença, no sul da Bahia.
Na cerimônia de repatriação do item no Museu Nacional, em setembro do ano passado, Lula defendeu o envio da peça para Olivença. "O lugar dele não é aqui", disse. Oito meses depois, entretanto, nenhum diálogo formal sobre a pauta avançou.
A primeira vigília foi realizada durante o recebimento do manto no museu. Na ocasião, os indígenas se hospedaram na instituição cultural Unicirco Marcos Frota. Há uma negociação para que o local seja usado novamente agora.
"Se não derem lugar nenhum, a gente vai acampar em qualquer lugar. Nem que seja lá no terreno do museu", afirma Jennyffer Bekoy, que faz parte do conselho.
Bekoy questiona se o manto estaria em segurança no Museu Nacional, lembrando do incêndio de 2018 que assolou a instituição. "Como é que está seguro se é um museu que pegou fogo? No nosso território vai estar mais protegido", afirma.
Ela diz ainda que o Cito oficiou órgãos como o Ministério dos Povos Indígenas, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Museu Nacional em busca de apoio para a realização do evento. Nenhuma das pastas, contudo, enviou resposta aos indígenas até o momento.
A Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou à coluna que manifestações públicas são permitidas e que não planeja nenhum tipo de intervenção na vigília.
Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas disse que "irá buscar apoio e articulação para a realização da vigília". Sobre a transferência do manto para a Bahia, a pasta afirmou que é necessário "um acordo amplo que inclui a construção de um local adequado no estado que possa receber e garantir a conservação".
O ministério afirma que trabalha para criar uma política pública de preservação de itens indígenas em seus territórios. A pasta disse que apoia "a demanda de retomada e repatriação de artefatos que fazem parte das histórias dos povos indígenas".
O Museu Nacional não se pronunciou. Em abril, a instituição afirmou, em nota, que não havia participado até então de nenhuma reunião com representantes do povo tupinambá após a chegada do manto ao Brasil, nem iniciado processo sobre o seu envio para a Bahia.
"É importante lembrar que os representantes do povo tupinambá concordaram com todos os pontos da negociação que permitiu a volta do ancião ao Brasil, a partir da doação do Museu da Dinamarca como contribuição para o processo de reconstrução do Museu Nacional da UFRJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro", diz o comunicado de abril.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/06/indigenas-preparam-vigilia-no-museu-nacional-para-cobrar-devolucao-do-manto-tupinamba-a-bahia.shtml
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