De Povos Indígenas no Brasil
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Crise do clima exige ações empresariais concretas
05/06/2025
Autor: GREGORI, Mônica
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Crise do clima exige ações empresariais concretas
Diante da lentidão no cumprimento dos ODS, negócios devem gerar impactos socioambientais positivos
Mônica Gregori
Diretora de Impacto do Pacto Global - Rede Brasil
05/06/2025
Foi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 1972, que o dia 5 de junho foi instituído como o Dia Mundial do Meio Ambiente. Desde então, a agenda ambiental se expandiu -em consciência e em ação.
No entanto, mais recentemente, o sentimento de celebração associado à data tem sido substituído por um senso crescente de angústia. Em meio a tensões ambientais, sociais e políticas cada vez mais intensas, a pergunta que se impõe é: de qual meio ambiente estaremos falando nos próximos 15, 20 ou 50 anos?
Em abril deste ano, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, durante a Sessão de Líderes sobre Clima e Transição Justa, foi claro ao explicar que a ampulheta está virada -e a areia não está caindo a nosso favor.
"Nosso mundo enfrenta grandes ventos contrários e uma infinidade de crises. Mas não podemos permitir que os compromissos climáticos sejam desviados de seu curso. Não temos um momento sequer a perder. Nenhuma região está sendo poupada da devastação das catástrofes climáticas que se aceleram".
Segundo relatórios recentes da ONU, o progresso global na implementação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) é de aproximadamente 20%. O Brasil ocupa atualmente a 52ª posição entre 166 países avaliados quanto ao cumprimento dessas metas.
É importante lembrar que os 17 ODS foram estabelecidos em 2015 com a perspectiva de serem atingidos até 2030. Restam, portanto, apenas cinco anos para avançarmos nos 80% restantes. Não há Arca de Noé. Tampouco fuga possível para outros planetas. O que há é trabalho. E ele precisa ser acelerado.
A agenda climática, que exige soluções urgentes diante do estado emergencial do planeta, demanda mobilização de todos os setores da sociedade -em especial, do setor empresarial. Ao assumirem metas ambiciosas, com compromissos coletivos e ações estruturadas, as empresas têm o poder de transformar o cenário socioambiental e contribuir para um futuro mais justo, sustentável, inclusivo e resiliente.
É nesse contexto que o Pacto Global - Rede Brasil acaba de lançar o "Relatório Ambição 2030 - Ano 3", que apresenta os avanços das empresas brasileiras rumo aos compromissos públicos assumidos em metas sociais, ambientais e de governança.
O documento reflete o progresso da estratégia Ambição 2030, iniciada há três anos, com o objetivo de ampliar o grau de engajamento empresarial e apoiar o fortalecimento das estratégias ESG no país.
A iniciativa é composta por dez movimentos que reforçam os ODS mais relevantes para o contexto brasileiro, em consonância com a Agenda 2030 da ONU: Ambição Net Zero, Impacto Amazônia, Elas Lideram 2030, Raça é Prioridade, Transparência 100%, +Água, Salário Digno, Mente em Foco e Educa2030.
Ao tratarmos de descarbonização, circularidade, bioeconomia, diversidade, equidade e inclusão, integridade, resiliência hídrica, entre outros temas, lidamos com questões profundamente interconectadas.
A transformação sistêmica requer olhar integrado e geração de impactos positivos que transcendam setores e fronteiras. Afinal, tudo está conectado: da justiça climática à transição energética, do combate ao greenwashing às finanças sustentáveis.
Não há mais espaço para a antiga dicotomia entre sustentabilidade e viabilidade econômica. Essa visão já foi superada. Sustentabilidade e prosperidade caminham lado a lado. O futuro das empresas está diretamente ligado à sua capacidade de gerar impacto positivo agora.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/papo-de-responsa/2025/06/crise-do-clima-exige-acoes-empresariais-concretas.shtml
Diante da lentidão no cumprimento dos ODS, negócios devem gerar impactos socioambientais positivos
Mônica Gregori
Diretora de Impacto do Pacto Global - Rede Brasil
05/06/2025
Foi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 1972, que o dia 5 de junho foi instituído como o Dia Mundial do Meio Ambiente. Desde então, a agenda ambiental se expandiu -em consciência e em ação.
No entanto, mais recentemente, o sentimento de celebração associado à data tem sido substituído por um senso crescente de angústia. Em meio a tensões ambientais, sociais e políticas cada vez mais intensas, a pergunta que se impõe é: de qual meio ambiente estaremos falando nos próximos 15, 20 ou 50 anos?
Em abril deste ano, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, durante a Sessão de Líderes sobre Clima e Transição Justa, foi claro ao explicar que a ampulheta está virada -e a areia não está caindo a nosso favor.
"Nosso mundo enfrenta grandes ventos contrários e uma infinidade de crises. Mas não podemos permitir que os compromissos climáticos sejam desviados de seu curso. Não temos um momento sequer a perder. Nenhuma região está sendo poupada da devastação das catástrofes climáticas que se aceleram".
Segundo relatórios recentes da ONU, o progresso global na implementação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) é de aproximadamente 20%. O Brasil ocupa atualmente a 52ª posição entre 166 países avaliados quanto ao cumprimento dessas metas.
É importante lembrar que os 17 ODS foram estabelecidos em 2015 com a perspectiva de serem atingidos até 2030. Restam, portanto, apenas cinco anos para avançarmos nos 80% restantes. Não há Arca de Noé. Tampouco fuga possível para outros planetas. O que há é trabalho. E ele precisa ser acelerado.
A agenda climática, que exige soluções urgentes diante do estado emergencial do planeta, demanda mobilização de todos os setores da sociedade -em especial, do setor empresarial. Ao assumirem metas ambiciosas, com compromissos coletivos e ações estruturadas, as empresas têm o poder de transformar o cenário socioambiental e contribuir para um futuro mais justo, sustentável, inclusivo e resiliente.
É nesse contexto que o Pacto Global - Rede Brasil acaba de lançar o "Relatório Ambição 2030 - Ano 3", que apresenta os avanços das empresas brasileiras rumo aos compromissos públicos assumidos em metas sociais, ambientais e de governança.
O documento reflete o progresso da estratégia Ambição 2030, iniciada há três anos, com o objetivo de ampliar o grau de engajamento empresarial e apoiar o fortalecimento das estratégias ESG no país.
A iniciativa é composta por dez movimentos que reforçam os ODS mais relevantes para o contexto brasileiro, em consonância com a Agenda 2030 da ONU: Ambição Net Zero, Impacto Amazônia, Elas Lideram 2030, Raça é Prioridade, Transparência 100%, +Água, Salário Digno, Mente em Foco e Educa2030.
Ao tratarmos de descarbonização, circularidade, bioeconomia, diversidade, equidade e inclusão, integridade, resiliência hídrica, entre outros temas, lidamos com questões profundamente interconectadas.
A transformação sistêmica requer olhar integrado e geração de impactos positivos que transcendam setores e fronteiras. Afinal, tudo está conectado: da justiça climática à transição energética, do combate ao greenwashing às finanças sustentáveis.
Não há mais espaço para a antiga dicotomia entre sustentabilidade e viabilidade econômica. Essa visão já foi superada. Sustentabilidade e prosperidade caminham lado a lado. O futuro das empresas está diretamente ligado à sua capacidade de gerar impacto positivo agora.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/papo-de-responsa/2025/06/crise-do-clima-exige-acoes-empresariais-concretas.shtml
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