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Pressionadas por invasões e o garimpo, Terras Indígenas com isolados perderam 2 mil hectares em 2024
28/07/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/07/28/pressionadas-por-invasoes-e-o-garimpo-t
Pressionadas por invasões e o garimpo, Terras Indígenas com isolados perderam 2 mil hectares em 2024
Destruição no ano passado é equivalente à derrubada de 1,2 milhão de árvores, segundo estudo do Instituto Socioambiental
Por Luis Felipe Azevedo - Rio de Janeiro
28/07/2025
Apesar de uma queda anual de 18,2% no desmatamento em 2024, Terras Indígenas (TIs) com povos isolados permanecem como alvos de invasões e do garimpo ilegal. Segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA), foram mais de 2 mil hectares de destruição nestas áreas no ano passado, o equivalente à derrubada de 1,2 milhão de árvores.
O relatório "Sirad-I: Sistema de Alerta de Desmatamento em Terras Indígenas com Registros de Povos Isolados de 2024" foi lançado pelo ISA e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi). O documento traz um retrato do desmatamento em 33 áreas com registros de povos indígenas isolados, totalizando 224 milhões de hectares monitorados.
O boletim mostra que as áreas que apresentaram as maiores perdas de vegetação nativa no ano passado foram as TIs Kayapó e Mundurucu, além do Território Indígena do Xingu. Juntas, elas somam cerca de 60% do total desmatado no período.
- Há um aumento generalizado da exploração ilegal de madeira em toda Bacia do rio Xingu, isso tem afetado também o Parque Indígena do Xingu. O roubo de madeira vem sendo denunciado desde 2019, mas houve uma disparada nos últimos dois anos, inclusive com o aumento da abertura de ramais dentro do território - alerta Tiago Moreira, antropólogo e pesquisador responsável pelo monitoramento.
Os pesquisadores destacam que 2024 foi marcado pela alta incidência de queimadas no Brasil, que passa por uma combinação de fatores climáticos e o avanço da devastação no entorno das TIs. A terra Kayapó respondeu por 40% de todos os focos de queimadas registradas nestes territórios no período - houve um aumento de mais de 2.000% na incidência de incêndios florestais na TI em comparação com 2023.
A TIs Jacareúba/Kaawixi e Vale do Javari, por sua vez, tiveram uma variação anual maior que 500%, apesar de baixos níveis de desmatamento. Enquanto no Javari o mapeamento localizou o uso tradicional do território, na outra terra foi identificado o desmatamento como resultado da ação de invasores na terra.
O estudo também traz destaques em outras TIs:
Garimpo ilegal foi responsável pela derrubada de mais de 5 mil árvores na Terra Indígena Zoró;
TI Mundurucu sofreu um aumento de 40% no desmatamento por mineração ilegal, somando 159 hectares;
TI Piripkura teve queda de 89,39% no desmatamento, mas 12 mil árvores foram derrubadas em área em recuperação;
TI Jacareúba-Katawixi vê desmatamento retornar em 2024, impulsionado por empreendimentos próximos (BR 319 e complexo hidrelétrico do Rio Madeira).
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/07/28/pressionadas-por-invasoes-e-o-garimpo-terras-indigenas-com-isolados-perderam-2-mil-hectares-em-2024.ghtml
Destruição no ano passado é equivalente à derrubada de 1,2 milhão de árvores, segundo estudo do Instituto Socioambiental
Por Luis Felipe Azevedo - Rio de Janeiro
28/07/2025
Apesar de uma queda anual de 18,2% no desmatamento em 2024, Terras Indígenas (TIs) com povos isolados permanecem como alvos de invasões e do garimpo ilegal. Segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA), foram mais de 2 mil hectares de destruição nestas áreas no ano passado, o equivalente à derrubada de 1,2 milhão de árvores.
O relatório "Sirad-I: Sistema de Alerta de Desmatamento em Terras Indígenas com Registros de Povos Isolados de 2024" foi lançado pelo ISA e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi). O documento traz um retrato do desmatamento em 33 áreas com registros de povos indígenas isolados, totalizando 224 milhões de hectares monitorados.
O boletim mostra que as áreas que apresentaram as maiores perdas de vegetação nativa no ano passado foram as TIs Kayapó e Mundurucu, além do Território Indígena do Xingu. Juntas, elas somam cerca de 60% do total desmatado no período.
- Há um aumento generalizado da exploração ilegal de madeira em toda Bacia do rio Xingu, isso tem afetado também o Parque Indígena do Xingu. O roubo de madeira vem sendo denunciado desde 2019, mas houve uma disparada nos últimos dois anos, inclusive com o aumento da abertura de ramais dentro do território - alerta Tiago Moreira, antropólogo e pesquisador responsável pelo monitoramento.
Os pesquisadores destacam que 2024 foi marcado pela alta incidência de queimadas no Brasil, que passa por uma combinação de fatores climáticos e o avanço da devastação no entorno das TIs. A terra Kayapó respondeu por 40% de todos os focos de queimadas registradas nestes territórios no período - houve um aumento de mais de 2.000% na incidência de incêndios florestais na TI em comparação com 2023.
A TIs Jacareúba/Kaawixi e Vale do Javari, por sua vez, tiveram uma variação anual maior que 500%, apesar de baixos níveis de desmatamento. Enquanto no Javari o mapeamento localizou o uso tradicional do território, na outra terra foi identificado o desmatamento como resultado da ação de invasores na terra.
O estudo também traz destaques em outras TIs:
Garimpo ilegal foi responsável pela derrubada de mais de 5 mil árvores na Terra Indígena Zoró;
TI Mundurucu sofreu um aumento de 40% no desmatamento por mineração ilegal, somando 159 hectares;
TI Piripkura teve queda de 89,39% no desmatamento, mas 12 mil árvores foram derrubadas em área em recuperação;
TI Jacareúba-Katawixi vê desmatamento retornar em 2024, impulsionado por empreendimentos próximos (BR 319 e complexo hidrelétrico do Rio Madeira).
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/07/28/pressionadas-por-invasoes-e-o-garimpo-terras-indigenas-com-isolados-perderam-2-mil-hectares-em-2024.ghtml
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