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Semana da Sociobiodiversidade mobiliza mais de 300 lideranças, juventudes e organizações extrativistas em Brasília

26/08/2025

Fonte: OPAN - https://amazonianativa.org.br/2025/08/26/semana-da-sociobiodiversidade-mobiliza-mais-de-300-l



Semana da Sociobiodiversidade mobiliza mais de 300 lideranças, juventudes e organizações extrativistas em Brasília
Evento reúne lideranças para debater políticas e propor caminhos que fortaleçam as economias da sociobiodiversidade e valorizem territórios tradicionais
Semana da Sociobiodiversidade mobiliza mais de 300 lideranças, juventudes e organizações extrativistas em Brasília

OPAN
Publicado em: 26/8/25
Por Assessoria CNS

De 1o a 5 de setembro, Brasília (DF) sediará a segunda edição da Semana da Sociobiodiversidade, uma grande mobilização nacional que reunirá mais de 300 lideranças, juventudes, coletivos e organizações extrativistas que atuam nos segmentos socioprodutivos da borracha, pirarucu, castanha-da-Amazônia e pesca artesanal em Reservas Extrativistas Marinhas e Costeiras.

A partir do tema "Fortalecendo Economias Sustentáveis, Pessoas, Culturas e Gerações", o objetivo é ampliar o debate e formular propostas que fortaleçam as economias da sociobiodiversidade, valorizando territórios tradicionais e modos de vida sustentáveis.

A Semana da Sociobiodiversidade é uma iniciativa coordenada pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (CONFREM), com o apoio de diversas organizações que visam ampliar o debate e apresentar propostas para fortalecer as economias da sociobiodiversidade.

O evento será realizado no hotel fazenda Pousada do Angicos, localizado no Núcleo Rural Alexandre Gusmão - região de Brazlândia. A expectativa é que mais de 300 pessoas, incluindo lideranças de coletivos socioprodutivos da Amazônia e Reservas Extrativistas Marinhas e Costeiras, juventudes de povos e comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, além de organizações socioambientais parceiras, instituições governamentais e representantes do poder público.

Dione Torquato, secretário-executivo do CNS, reitera que o objetivo é debater a importância das economias da sociobiodiversidade e formular soluções que valorizem os territórios tradicionais e os modos de vida sustentáveis.

"É um momento para dialogarmos com o Governo Federal - nos âmbitos do Executivo, Legislativo e Judiciário. Isso só será possível se tivermos em mente a importância dos conhecimentos tradicionais e da floresta em pé para nós, populações extrativistas. A agenda de encontros é toda pensada para mostrar a interdependência necessária entre conservação dos ecossistemas, equidade social, responsabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico justo", destaca Dione.
Programação

Ao longo de sete dias, a programação do evento será estruturada em três blocos principais, abordando os temas: gestão e governança territorial; mudanças climáticas e impactos nas economias da sociobiodiversidade; estratégias para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e fortalecimento das organizações; intercâmbio intergeracional e protagonismo das juventudes; políticas públicas e instrumentos econômicos; e comércio justo e relações éticas com o setor privado.

Os participantes da Semana da Sociobiodiversidade também estarão na sessão solene em homenagem ao Dia da Amazônia, realizada anualmente no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, respectivamente. Além disso, haverá a manifestação pré-COP30 "A Resposta Somos Nós", na Praça dos Três Poderes.
A programação inclui participação na sessão solene do Dia da Amazônia, realizada anualmente no Congresso Nacional. Foto: Myke Sena

"Nosso objetivo é fortalecer as organizações extrativistas, discutir os impactos das mudanças climáticas, preparar nossa participação na COP30 e valorizar a sociobiodiversidade em todas as suas dimensões para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, da zona costeira marinha e demais biomas brasileiros. Também teremos momentos para impulsionar o protagonismo das juventudes, incentivar o comércio justo e construir caminhos para políticas públicas que garantam uma economia sustentável em nossos territórios e maretórios. É uma agenda construída coletivamente, que reafirma a importância de manter a floresta em pé, os oceanos e a zona costeira marinha saudável, conservada, para atual e futura gerações, respeitando as diversidades e os modos de vida tradicionais", comenta José Alberto de Lima Ribeiro, vice-coordenador do CONFREM.
Feira da Sociobiodiversidade

Outro momento importante será a Feira da Sociobiodiversidade, com a venda de produtos oriundos de territórios extrativistas, com o objetivo de reforçar a importância da floresta em pé e os benefícios que ela traz para a segurança alimentar, a saúde, a cultura e o sustento financeiro dos povos tradicionais. Castanha-da-Amazônia, pirarucu, frutas, óleos essenciais, artesanatos de madeira, sementes e itens de moda sustentável estarão em exposição na feira. A entrada é livre para todos os públicos.
Resultados

Ao final do encontro, os participantes vão lançar a "Carta da Semana da Sociobiodiversidade 2025", um manifesto reivindicativo para o desenvolvimento sustentável brasileiro em equilíbrio com as necessidades socioambientais.

Outros dois documentos que serão apresentados são a "Carta da Juventude: Rumo à COP30", que será apresentada a líderes regionais, nacionais e internacionais durante o evento, e a "Carta da CONFREM Brasil: pré-COP dos Oceanos". A expectativa também inclui o lançamento do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) Comunidades, uma reivindicação das populações extrativistas.
Realização

A segunda edição da Semana da Sociobiodiversidade é uma iniciativa coordenada pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (CONFREM), com apoio do Memorial Chico Mendes (MCM); Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio); Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA); Operação Amazônia Nativa (OPAN); Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); World Wildlife Fund Brasil (WWF); Instituto Clima e Sociedade (iCS); Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB); Instituto Socioambiental (ISA); Coletivo do Pirarucu; Coletivo da Castanha; Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc); Fundação Moore; Instituto Juruá; Gosto da Amazônia; Wildlife Conservation Society (WCS); Aliança Águas Amazônidas, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ); Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA); Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA); Rainforest; Conexsus; Michelin Brasil; Amazon Investor Coalition; GIZ Brasil; Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; entre outros.


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