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Encontro inédito de comunicação indígena discute preparativos para a COP 30 com apoio da Funai em Belém (PA)
29/08/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Durante quatro dias, de quinta-feira (28) a domingo (31), em Belém, no Pará, indígenas comunicadores discutirão estratégias de comunicação para o movimento indígena brasileiro e para ações na 30o Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai acontecer em novembro na capital paraense. As discussões ocorrem durante o 1o Encontro Nacional de Comunicação Indígena. O evento inaugurou a Casa Maraká, um espaço de comunicação e arte promovido pela Mídia Indígena, organizadora do encontro. O evento é realizado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e Coletivo Mídia Indígena, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de outros parceiros.
Priscila Tapajowara, coordenadora nacional do Mídia Indígena, ressaltou a contribuição da Funai para a efetivação do evento. "Sabemos que existem territórios que apresentam dificuldades de saída da aldeia para chegar até a cidade e a Funai contribuiu para essa logística dos parentes para chegarem em Belém", disse.
Dados dos realizadores do evento apontam uma diversidade indígena participante da atividade. São 62 povos representados, dos 305 existentes no Brasil - segundo último dado oficial do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Restrito para indígenas, convidados e palestrantes, o encontro já soma 135 participantes, dos quais 92 são comunicadores indígenas: 54 mulheres e 38 homens.
Ariene Susui, do povo Wapichana, saiu de Manaus, onde atua como jornalista e assessora de comunicação em um fundo indígena. Ela destacou a relevância do evento para o movimento indígena brasileiro. "Esse encontro é um momento de conexão para pensar a comunicação indígena a partir de nossos territórios, biomas e organizações. É fundamental para a construção de estratégias de comunicação ancestrais e para o futuro do movimento indígena no Brasil", disse.
Segundo a Mídia Indígena, um mapeamento de comunicadores indígenas no Brasil foi realizado antes do encontro e identificou aproximadamente 1,2 mil comunicadores dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. Os números, além de apoiar na definição dos critérios de seleção para participação na atividade, também mapeiam a rede para realização de trabalhos conjuntos e articulação para divulgação e incidência das demandas indígenas e seus territórios.
O especialista em indigenismo da Funai, Ykaruni Nawa, participou do evento como palestrante do Talkshow: a origem da comunicação indígena. O servidor indígena e jornalista destacou a importância da participação da autarquia indigenista no encontro.
"A política indigenista oficial do Estado brasileiro também é beneficiada pela atuação dos comunicadores indígenas, porque elas e eles ajudam a denunciar e reduzir as violências que os povos indígenas passam por conta das narrativas preconceituosas, folclóricas, superficiais e racistas na medida em que falam dos seus territórios e povos para a sociedade", destacou Ykaruni ao avaliar o encontro inédito.
A atividade será encerrada com a leitura de uma carta da comunicação indígena, que pretende orientar a atuação dos profissionais indígenas para o futuro. Em outubro, a organizadora do evento ainda irá realizar a ação "Varanda pelo clima", durante as atividades do Círio de Nazaré, manifestação religiosa tradicional que acontece em Belém. As atividades são complementares e antecedem os preparativos para a COP30.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/encontro-inedito-de-comunicacao-indigena-discute-preparativos-para-a-cop-30-com-apoio-da-funai-em-belem-pa
Priscila Tapajowara, coordenadora nacional do Mídia Indígena, ressaltou a contribuição da Funai para a efetivação do evento. "Sabemos que existem territórios que apresentam dificuldades de saída da aldeia para chegar até a cidade e a Funai contribuiu para essa logística dos parentes para chegarem em Belém", disse.
Dados dos realizadores do evento apontam uma diversidade indígena participante da atividade. São 62 povos representados, dos 305 existentes no Brasil - segundo último dado oficial do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Restrito para indígenas, convidados e palestrantes, o encontro já soma 135 participantes, dos quais 92 são comunicadores indígenas: 54 mulheres e 38 homens.
Ariene Susui, do povo Wapichana, saiu de Manaus, onde atua como jornalista e assessora de comunicação em um fundo indígena. Ela destacou a relevância do evento para o movimento indígena brasileiro. "Esse encontro é um momento de conexão para pensar a comunicação indígena a partir de nossos territórios, biomas e organizações. É fundamental para a construção de estratégias de comunicação ancestrais e para o futuro do movimento indígena no Brasil", disse.
Segundo a Mídia Indígena, um mapeamento de comunicadores indígenas no Brasil foi realizado antes do encontro e identificou aproximadamente 1,2 mil comunicadores dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. Os números, além de apoiar na definição dos critérios de seleção para participação na atividade, também mapeiam a rede para realização de trabalhos conjuntos e articulação para divulgação e incidência das demandas indígenas e seus territórios.
O especialista em indigenismo da Funai, Ykaruni Nawa, participou do evento como palestrante do Talkshow: a origem da comunicação indígena. O servidor indígena e jornalista destacou a importância da participação da autarquia indigenista no encontro.
"A política indigenista oficial do Estado brasileiro também é beneficiada pela atuação dos comunicadores indígenas, porque elas e eles ajudam a denunciar e reduzir as violências que os povos indígenas passam por conta das narrativas preconceituosas, folclóricas, superficiais e racistas na medida em que falam dos seus territórios e povos para a sociedade", destacou Ykaruni ao avaliar o encontro inédito.
A atividade será encerrada com a leitura de uma carta da comunicação indígena, que pretende orientar a atuação dos profissionais indígenas para o futuro. Em outubro, a organizadora do evento ainda irá realizar a ação "Varanda pelo clima", durante as atividades do Círio de Nazaré, manifestação religiosa tradicional que acontece em Belém. As atividades são complementares e antecedem os preparativos para a COP30.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/encontro-inedito-de-comunicacao-indigena-discute-preparativos-para-a-cop-30-com-apoio-da-funai-em-belem-pa
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