De Povos Indígenas no Brasil
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RS: Operação deflagrada na TI Nonoai evidencia possível envolvimento do cacicado oportunista com paramilitares
02/09/2025
Fonte: A Nova Democracia - https://anovademocracia.com.br
Na manhã de quinta-feira (28/08), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação com o apoio do 3o batalhão de choque e do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) Norte da Brigada Militar, onde 22 mandados de busca e apreensão foram realizados contra o cacicado do oportunista José Honorário Nascimento, investigando possível atividade de facções criminosas que estariam fornecendo armamento ao cacicado e seus lacaios, além da contratação de jagunços durante o extenso conflito agrário na TI Nonoai.
O AND denunciou extensivamente os crimes do cacicado traidor e reacionário sucedido hierarquicamente pela família de José Honorário há mais de 40 anos. Em março, um conflito eclodiu na TI após a resistência kaingang se revoltar contra o bando caudilho de José Honorário e declarar um novo cacicado. As terras que deveriam ser de usufruto da comunidade kaingang estavam sendo arrendadas pela família do cacique, gerando lucros indevidos aos mesmos, além de estender a mão para o avanço do latifúndio sobre as terras indígenas e atividades ilícitas de criminosos não-indígenas.
Na época, a PF, que agora se apresenta como solucionadora dos conflitos, ignorou o caráter justo da resistência indígena, exacerbou a presença de não-indígenas no território e fez coro com o monopólio de imprensa que tratava tudo como "um conflito de interesses entre os indígenas".
A verdade da atuação policial é que as operações, movidas com a falsa justificativa de "garantir a paz", servem principalmente para desarticular a organização indígena, sobretudo de setores mais combativos, e promover a violência contra os próprios indígenas, muitas vezes em conluio com bandos paramilitares.
Em abril, o AND divulgou que o assassinato de uma mulher Kaiowá junto a dois de seus filhos na aldeia Avae'te, em Dourados (MS), demonstrava evidências da ação de um grupo de extermínio não-indígena, ao contrário da versão da polícia que classificou o crime como "conflito interno". O caso levantou suspeitas de possível conivência da polícia com grupos paramilitares do tipo, o mesmo ocorreu ao relatarem os brutais ataques ao povo Avá-guarani em Guaíra, interior do Paraná, onde decapitaram um jovem Indigena, deixando uma carta para trás na qual associava falsamente os indígenas à facções criminosas.
A situação demonstra o acirramento da luta pela terra no estado, para os Kaingang, assim como para o resto do povo brasileiro, lideranças caducas que traem os interesses do povo não podem mais seguir governando da mesma maneira, pois o povo já não aceita ser governado desse jeito. As lutas indígenas pela terra Brasil afora, como do povo Guarani-Kaiowá e Pataxó e Pataxó-Hã-Hã-Hãe, que mesmo sob cerco e ameaça de genocídio procedem com as retomadas, são exemplos luminosos que exemplificam o único caminho dos povos para a conquista da terra e libertação nacional, nas palavras da carta redigida durante a reunião da Aty Guasu (assembléia geral) guarani-kaiowá em abril: "Retomaremos nossos territórios, um a um, povo a povo, porque eles são fundamentais para nossa existência e já não aguentamos mais viver apartados deles. [...] Não esperaremos mais, agora ou vai ou racha".
https://anovademocracia.com.br/rs-ti-cacique-oportunista-paramilitares-bm/
O AND denunciou extensivamente os crimes do cacicado traidor e reacionário sucedido hierarquicamente pela família de José Honorário há mais de 40 anos. Em março, um conflito eclodiu na TI após a resistência kaingang se revoltar contra o bando caudilho de José Honorário e declarar um novo cacicado. As terras que deveriam ser de usufruto da comunidade kaingang estavam sendo arrendadas pela família do cacique, gerando lucros indevidos aos mesmos, além de estender a mão para o avanço do latifúndio sobre as terras indígenas e atividades ilícitas de criminosos não-indígenas.
Na época, a PF, que agora se apresenta como solucionadora dos conflitos, ignorou o caráter justo da resistência indígena, exacerbou a presença de não-indígenas no território e fez coro com o monopólio de imprensa que tratava tudo como "um conflito de interesses entre os indígenas".
A verdade da atuação policial é que as operações, movidas com a falsa justificativa de "garantir a paz", servem principalmente para desarticular a organização indígena, sobretudo de setores mais combativos, e promover a violência contra os próprios indígenas, muitas vezes em conluio com bandos paramilitares.
Em abril, o AND divulgou que o assassinato de uma mulher Kaiowá junto a dois de seus filhos na aldeia Avae'te, em Dourados (MS), demonstrava evidências da ação de um grupo de extermínio não-indígena, ao contrário da versão da polícia que classificou o crime como "conflito interno". O caso levantou suspeitas de possível conivência da polícia com grupos paramilitares do tipo, o mesmo ocorreu ao relatarem os brutais ataques ao povo Avá-guarani em Guaíra, interior do Paraná, onde decapitaram um jovem Indigena, deixando uma carta para trás na qual associava falsamente os indígenas à facções criminosas.
A situação demonstra o acirramento da luta pela terra no estado, para os Kaingang, assim como para o resto do povo brasileiro, lideranças caducas que traem os interesses do povo não podem mais seguir governando da mesma maneira, pois o povo já não aceita ser governado desse jeito. As lutas indígenas pela terra Brasil afora, como do povo Guarani-Kaiowá e Pataxó e Pataxó-Hã-Hã-Hãe, que mesmo sob cerco e ameaça de genocídio procedem com as retomadas, são exemplos luminosos que exemplificam o único caminho dos povos para a conquista da terra e libertação nacional, nas palavras da carta redigida durante a reunião da Aty Guasu (assembléia geral) guarani-kaiowá em abril: "Retomaremos nossos territórios, um a um, povo a povo, porque eles são fundamentais para nossa existência e já não aguentamos mais viver apartados deles. [...] Não esperaremos mais, agora ou vai ou racha".
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