De Povos Indígenas no Brasil
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Revolução verde da Bahia: por que o estado é destaque na COP30
11/11/2025
Autor: Georges Humbert
Fonte: A Tarde - https://atarde.com.br/
Revolução verde da Bahia: por que o estado é destaque na COP30
Jerônimo apresenta modelos baianos de combate às mudanças climáticas, destacando o Plano ABC+ e a Política de Pagamento por Serviços Ambientais
Em um momento em que o mundo volta seus olhos para o Brasil com a realização da COP30 em Belém, a Bahia emerge como um exemplo concreto de ações subnacionais no combate às mudanças climáticas. Sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, o estado nordestino tem implementado uma série de iniciativas que integram conservação ambiental, inovação tecnológica, inclusão social e parcerias internacionais.
Essas pautas, alinhadas aos objetivos globais do Acordo de Paris, destacam o potencial da bioeconomia, da redução de emissões e da resiliência em biomas únicos como a Caatinga e o Cerrado. Com investimentos robustos e uma visão integrada, a Bahia se posiciona para apresentar ao mundo, durante a conferência que começou esta semana, modelos replicáveis de transição ecológica e justiça climática.
"Os impactos de eventos climáticos extremos já são uma realidade. Esses fenômenos se tornam cada vez mais frequentes, e precisamos agir com maior celeridade para conter esse processo", afirmou Jerônimo nesta segunda-feira (10), em Belém, durante painel da COP30 sobre adaptação climática e resiliência costeira.
Fundo da Caatinga: financiamento para o bioma semiárido
Uma das propostas mais inovadoras que o governador leva à COP30 é o Fundo da Caatinga, inspirado no Fundo Amazônia. O instrumento busca financiar manejo sustentável, recuperação de áreas degradadas, energias renováveis, conservação da biodiversidade e atividades econômicas sustentáveis no bioma semiárido - exclusivo do Brasil e com alto potencial de sequestro de carbono.
A proposta, entregue à ministra Marina Silva em 2023, reforça o papel do Nordeste como polo da transição ecológica e inaugura um modelo de financiamento climático descentralizado, com foco em resiliência e bioeconomia.
Plano ABC+ Bahia (2020-2030): agricultura de baixo carbono
No setor agropecuário, o Plano ABC+ Bahia desponta como instrumento estratégico para a agricultura de baixo carbono. O plano estadual visa reduzir emissões de gases de efeito estufa, promovendo sequestro e fixação de carbono, práticas sustentáveis e integração de sistemas agroflorestais.
"O Plano ABC+ Bahia é um passo importante para estimular nossos produtores a serem ainda mais responsáveis com o uso dos recursos naturais, produzindo renda, empregos e preservando o meio ambiente. Ele reforça nosso compromisso com o futuro", destacou o governador ao relançar o programa durante a Bahia Farm Show em 2024.
Na COP30, o plano é apresentado como exemplo de produção agroecológica sustentável, especialmente em cadeias produtivas como o cacau e o algodão, que unem conservação ambiental e geração de renda.
Pagamento por serviços ambientais: justiça climática
A proposta da Política Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PEPSA) também integra a pauta baiana em Belém. A lei, encaminhada em 2025, incentiva provedores de serviços ambientais - comunidades, agricultores, povos tradicionais e catadores - com compensações financeiras, fiscais ou não monetárias, como créditos de carbono e assistência técnica.
O modelo proíbe o uso de fundos públicos por inadimplentes ambientais e cria um comitê gestor multissetorial, garantindo transparência e participação social. O governo apresenta a PEPSA como exemplo de governança climática inclusiva, conectando campo e cidade no enfrentamento às mudanças do clima.
Juventude e educação ambiental: raízes da transição verde
O programa Agente Jovem Ambiental (AJA Bahia) e o Bahia + Verde: Educação e Práticas Sustentáveis traduzem a aposta do governo na formação de uma nova geração de líderes socioambientais.
Regulamentado em junho de 2025, o AJA capacita jovens em soluções sustentáveis e voluntariado ambiental, com foco em educação, reflorestamento e inovação comunitária. Já o Bahia + Verde promove ações em escolas e comunidades tradicionais, com iniciativas como o Projeto Corais de Maré, de restauração de recifes, e o KIT SAF, voltado à capacitação agroflorestal de pequenos produtores.
"A sustentabilidade precisa começar nas salas de aula e nas comunidades, com a juventude protagonizando a transformação", tem reiterado o governador em seus discursos.
Energia limpa: a Bahia como hub verde da América Latina
Líder nacional em energias renováveis - responsável por quase 40% da produção eólica e solar do Brasil -, a Bahia leva à COP30 a bandeira da transição energética justa e inclusiva.
O estado consolidou parcerias estratégicas com os Emirados Árabes para biocombustíveis e biorrefinarias, com a Alemanha para sustentabilidade agrícola, e com a China, através da inauguração da fábrica da BYD de veículos elétricos em Camaçari.
"O mundo está preocupado com isso, e a Bahia não ficará para trás", afirmou Jerônimo ao sancionar a Lei Estadual de Transição Energética, marco regulatório do setor.
Conservação, bioeconomia e agricultura familiar sustentável
O governo também destaca a criação de novas áreas protegidas, como o Monumento Natural das Cavernas do São Desidério, e a implantação do CETAS Cerrado, centro de triagem de fauna silvestre.
A adesão à Coalizão Internacional sobre o Aumento do Nível do Mar e o programa Bahia Sem Fogo, voltado à prevenção de incêndios e desertificação, reforçam o compromisso com a conservação.
Na bioeconomia, a Bahia aposta na agricultura familiar - são mais de 700 mil propriedades - e dialoga com o Pará sobre commodities verdes, recuperação de áreas degradadas e integração de povos indígenas e quilombolas em cadeias produtivas sustentáveis.
Após os compromissos em Belém, nesta segunda, o governador seguirá para Brasília, onde se reúne nesta terça-feira com a bancada federal baiana para tratar de emendas e projetos estratégicos para 2026.
https://atarde.com.br/brasil/revolucao-verde-da-bahia-por-que-o-estado-e-destaque-na-cop30-1368021
Jerônimo apresenta modelos baianos de combate às mudanças climáticas, destacando o Plano ABC+ e a Política de Pagamento por Serviços Ambientais
Em um momento em que o mundo volta seus olhos para o Brasil com a realização da COP30 em Belém, a Bahia emerge como um exemplo concreto de ações subnacionais no combate às mudanças climáticas. Sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, o estado nordestino tem implementado uma série de iniciativas que integram conservação ambiental, inovação tecnológica, inclusão social e parcerias internacionais.
Essas pautas, alinhadas aos objetivos globais do Acordo de Paris, destacam o potencial da bioeconomia, da redução de emissões e da resiliência em biomas únicos como a Caatinga e o Cerrado. Com investimentos robustos e uma visão integrada, a Bahia se posiciona para apresentar ao mundo, durante a conferência que começou esta semana, modelos replicáveis de transição ecológica e justiça climática.
"Os impactos de eventos climáticos extremos já são uma realidade. Esses fenômenos se tornam cada vez mais frequentes, e precisamos agir com maior celeridade para conter esse processo", afirmou Jerônimo nesta segunda-feira (10), em Belém, durante painel da COP30 sobre adaptação climática e resiliência costeira.
Fundo da Caatinga: financiamento para o bioma semiárido
Uma das propostas mais inovadoras que o governador leva à COP30 é o Fundo da Caatinga, inspirado no Fundo Amazônia. O instrumento busca financiar manejo sustentável, recuperação de áreas degradadas, energias renováveis, conservação da biodiversidade e atividades econômicas sustentáveis no bioma semiárido - exclusivo do Brasil e com alto potencial de sequestro de carbono.
A proposta, entregue à ministra Marina Silva em 2023, reforça o papel do Nordeste como polo da transição ecológica e inaugura um modelo de financiamento climático descentralizado, com foco em resiliência e bioeconomia.
Plano ABC+ Bahia (2020-2030): agricultura de baixo carbono
No setor agropecuário, o Plano ABC+ Bahia desponta como instrumento estratégico para a agricultura de baixo carbono. O plano estadual visa reduzir emissões de gases de efeito estufa, promovendo sequestro e fixação de carbono, práticas sustentáveis e integração de sistemas agroflorestais.
"O Plano ABC+ Bahia é um passo importante para estimular nossos produtores a serem ainda mais responsáveis com o uso dos recursos naturais, produzindo renda, empregos e preservando o meio ambiente. Ele reforça nosso compromisso com o futuro", destacou o governador ao relançar o programa durante a Bahia Farm Show em 2024.
Na COP30, o plano é apresentado como exemplo de produção agroecológica sustentável, especialmente em cadeias produtivas como o cacau e o algodão, que unem conservação ambiental e geração de renda.
Pagamento por serviços ambientais: justiça climática
A proposta da Política Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PEPSA) também integra a pauta baiana em Belém. A lei, encaminhada em 2025, incentiva provedores de serviços ambientais - comunidades, agricultores, povos tradicionais e catadores - com compensações financeiras, fiscais ou não monetárias, como créditos de carbono e assistência técnica.
O modelo proíbe o uso de fundos públicos por inadimplentes ambientais e cria um comitê gestor multissetorial, garantindo transparência e participação social. O governo apresenta a PEPSA como exemplo de governança climática inclusiva, conectando campo e cidade no enfrentamento às mudanças do clima.
Juventude e educação ambiental: raízes da transição verde
O programa Agente Jovem Ambiental (AJA Bahia) e o Bahia + Verde: Educação e Práticas Sustentáveis traduzem a aposta do governo na formação de uma nova geração de líderes socioambientais.
Regulamentado em junho de 2025, o AJA capacita jovens em soluções sustentáveis e voluntariado ambiental, com foco em educação, reflorestamento e inovação comunitária. Já o Bahia + Verde promove ações em escolas e comunidades tradicionais, com iniciativas como o Projeto Corais de Maré, de restauração de recifes, e o KIT SAF, voltado à capacitação agroflorestal de pequenos produtores.
"A sustentabilidade precisa começar nas salas de aula e nas comunidades, com a juventude protagonizando a transformação", tem reiterado o governador em seus discursos.
Energia limpa: a Bahia como hub verde da América Latina
Líder nacional em energias renováveis - responsável por quase 40% da produção eólica e solar do Brasil -, a Bahia leva à COP30 a bandeira da transição energética justa e inclusiva.
O estado consolidou parcerias estratégicas com os Emirados Árabes para biocombustíveis e biorrefinarias, com a Alemanha para sustentabilidade agrícola, e com a China, através da inauguração da fábrica da BYD de veículos elétricos em Camaçari.
"O mundo está preocupado com isso, e a Bahia não ficará para trás", afirmou Jerônimo ao sancionar a Lei Estadual de Transição Energética, marco regulatório do setor.
Conservação, bioeconomia e agricultura familiar sustentável
O governo também destaca a criação de novas áreas protegidas, como o Monumento Natural das Cavernas do São Desidério, e a implantação do CETAS Cerrado, centro de triagem de fauna silvestre.
A adesão à Coalizão Internacional sobre o Aumento do Nível do Mar e o programa Bahia Sem Fogo, voltado à prevenção de incêndios e desertificação, reforçam o compromisso com a conservação.
Na bioeconomia, a Bahia aposta na agricultura familiar - são mais de 700 mil propriedades - e dialoga com o Pará sobre commodities verdes, recuperação de áreas degradadas e integração de povos indígenas e quilombolas em cadeias produtivas sustentáveis.
Após os compromissos em Belém, nesta segunda, o governador seguirá para Brasília, onde se reúne nesta terça-feira com a bancada federal baiana para tratar de emendas e projetos estratégicos para 2026.
https://atarde.com.br/brasil/revolucao-verde-da-bahia-por-que-o-estado-e-destaque-na-cop30-1368021
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