De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
PF assume segurança de bispo em MT
24/12/2003
Fonte: OESP, Nacional, p A7
PF assume segurança de bispo em MT
Conflito entre índios e fazendeiros levou CNBB a pedir proteção para Casaldáliga
José Maria Mayrink
Agentes da Polícia Federal estão dando proteção ao bispo de São Félix do Araguaia (MT), d. Pedro Casaldáliga, que vem sendo ameaçado de morte há um mês, quando tomou a defesa de um grupo de índios xavantes que tentam voltar às terras da Fazenda Suiá-Missu, de onde foram expulsos há cerca de 40 anos.
Os policiais federais, que contam com cobertura da Polícia Militar de Mato Grosso, foram deslocados para a região por ordem do Ministério da Justiça, em atendimento a um pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, feito na sexta-feira.
Cerca de 800 índios e um número não calculado de posseiros, trabalhadores sem-terra e empregados das fazendas da região estão acampados de um lado e de outro da rodovia que liga o Sul do Pará a Barra do Garças (MT), vigiados pela Polícia Militar. A situação, que estava muito tensa no início do mês, acalmou-se com a chegada dos agentes federais. A estrada chegou a ficar fechada por alguns dias, mas foi liberada na semana passada.
O governo de Mato Grosso, segundo d. Pedro Casaldáliga, havia anunciado que retiraria as forças estaduais da região, deixando a segurança da área nas mãos do governo federal, mas voltou atrás. Ontem de manhã, a Secretaria de Segurança informou ao bispo que não tem condições de manter um contingente, mas prometeu continuar deslocando patrulhas da PM para o local.
"Os xavantes esperam por uma solução desde 1992, quando o grupo italiano N/Agip, das empresas Liquigás e Liquifarm, prometeu, na conferência de ecologia Rio 92, devolver as terras da Fazenda Suiá-Missu", disse d. Pedro.
Como fazendeiros vizinhos não concordaram com a proposta, a questão foi parar na Justiça. "Estou sendo ameaçado de morte porque manifestei apoio aos xavantes e um grupo acha que a culpa é do bispo", observou d. Pedro.
OESP, 24/12/2003, Nacional, p. A7
Conflito entre índios e fazendeiros levou CNBB a pedir proteção para Casaldáliga
José Maria Mayrink
Agentes da Polícia Federal estão dando proteção ao bispo de São Félix do Araguaia (MT), d. Pedro Casaldáliga, que vem sendo ameaçado de morte há um mês, quando tomou a defesa de um grupo de índios xavantes que tentam voltar às terras da Fazenda Suiá-Missu, de onde foram expulsos há cerca de 40 anos.
Os policiais federais, que contam com cobertura da Polícia Militar de Mato Grosso, foram deslocados para a região por ordem do Ministério da Justiça, em atendimento a um pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, feito na sexta-feira.
Cerca de 800 índios e um número não calculado de posseiros, trabalhadores sem-terra e empregados das fazendas da região estão acampados de um lado e de outro da rodovia que liga o Sul do Pará a Barra do Garças (MT), vigiados pela Polícia Militar. A situação, que estava muito tensa no início do mês, acalmou-se com a chegada dos agentes federais. A estrada chegou a ficar fechada por alguns dias, mas foi liberada na semana passada.
O governo de Mato Grosso, segundo d. Pedro Casaldáliga, havia anunciado que retiraria as forças estaduais da região, deixando a segurança da área nas mãos do governo federal, mas voltou atrás. Ontem de manhã, a Secretaria de Segurança informou ao bispo que não tem condições de manter um contingente, mas prometeu continuar deslocando patrulhas da PM para o local.
"Os xavantes esperam por uma solução desde 1992, quando o grupo italiano N/Agip, das empresas Liquigás e Liquifarm, prometeu, na conferência de ecologia Rio 92, devolver as terras da Fazenda Suiá-Missu", disse d. Pedro.
Como fazendeiros vizinhos não concordaram com a proposta, a questão foi parar na Justiça. "Estou sendo ameaçado de morte porque manifestei apoio aos xavantes e um grupo acha que a culpa é do bispo", observou d. Pedro.
OESP, 24/12/2003, Nacional, p. A7
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