De Povos Indígenas no Brasil
News
Indígenas retiram 500 peixes de açude na reserva de Dourados
22/02/2007
Fonte: MS Notícias
A Prefeitura Municipal de Dourados através da Secretária de Agricultura Familiar realizou no último final de semana a primeira retirada de peixes de apenas um dos 34 açudes construídos pela Prefeitura Municipal de Dourados em parceria com a Associação Indígena Avaeté Onhondivepá Guarani, Kaiowá e Terena, o Idaterra e os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente com recursos da Carteira Indígena. Foram retirados 500 exemplares que foram doados para famílias da própria Reserva Indígena de Dourados.
O investimento destinado para a construção dos açudes soma mais de R$ 409 mil. Em toda Reserva de Dourados são 34 tanques administrados por 12 grupos familiares, e que atendem 272 famílias com o auxílio de técnicos do Idaterra e de empresas terceirizadas que trabalham exclusivamente com piscicultura.
Os tanques têm 1,5 m de profundidade e 1,7m² de área total. Os recursos são provenientes do Governo Federal, através do programa Fome Zero. Lideranças indígenas que acompanharam a retirada dos peixes se disseram felizes pelo fato da iniciativa que começou no ano passado ter dado certo em um momento que a Reserva de Dourados aparece na mídia mundial como local onde os indígenas estão passando por necessidades alimentícias.
A coordenadora geral da Secretária de Agricultura Familiar, Rosimari Ozório, que na ocasião representou o secretário Ermínio Guedes, disse que este é um trabalho que não pode parar. "Temos consciência da importância deste trabalho e vamos fazer o possível para que ele não pare", afirmou ela. "Esta iniciativa é importante para o desenvolvimento sustentável das pessoas menos favorecidas", disse a professora Theodora Souza., presidenta da Associação Avaeté Onhondivepá.
Poli Fernandes que administra com a ajuda de familiares o açude de onde foi realizada a retirada dos peixes, também ressaltou a importância do evento para a auto-suficiência dos indígenas. "É a gente mesmo produzindo para viver e para nossa família", disse ele. "No início alguns diziam que não ia dar certo, mas a semente foi plantada e hoje colhemos o resultado", afirma o funcionário do Idaterra, que também é indígena, Davi Massi.
O coordenador no Núcleo de Assuntos Indígenas da Prefeitura Municipal de Dourados, Anastácio Peralta, entende como positiva a iniciativa. "Este é o outro lado da Reserva, que infelizmente a gente não vê com freqüência na mídia. È a auto-suficiência das nações indígenas de Dourados", disse ele.
Em todo este trabalho os indígenas são acompanhados por técnicos como Anderson Pistori, que é técnico em Piscicultura da Biopiscis, empresa parceira no projeto. "A gente ensina uma vez e é impressionante a dedicação e a facilidade que todos tem em aprender", diz ele.
Em entrevista ao site da Prefeitura municipal de Dourados em agosto do ano passado, o ex-secretário de Agricultura Familiar da Prefeitura, Humberto Paschoalick, disse que os peixes auxiliam bastante para o enriquecimento da dieta alimentar dos indígenas. "A organização Mundial da Saúde (ONU) recomenda um consumo mínimo de 12 kg de carne de peixe por pessoa /ano. O Brasil consome, em média, cerca de 6,5 kg por pessoa /ano e ocupa a 10ª posição na América do Sul. O nosso projeto dispõe para o consumo, 27 kg de carne por pessoa beneficiária /ano e se fossemos posicionar este número no "ranking" sul-americano poderíamos dizer que os beneficiários do projeto na Terra Indígena de Dourados ocupariam o 3º lugar no consumo de peixes na América do Sul", disse ele.
Todo este trabalho recebe a gratidão dos líderes indígenas. "É muito bom se lembrarem da gente não só para mostrar o lado ruim da Reserva, mas para nos ajudar a se organizar", afirma Ambrósio Rocalti, líder Bororó.
O investimento destinado para a construção dos açudes soma mais de R$ 409 mil. Em toda Reserva de Dourados são 34 tanques administrados por 12 grupos familiares, e que atendem 272 famílias com o auxílio de técnicos do Idaterra e de empresas terceirizadas que trabalham exclusivamente com piscicultura.
Os tanques têm 1,5 m de profundidade e 1,7m² de área total. Os recursos são provenientes do Governo Federal, através do programa Fome Zero. Lideranças indígenas que acompanharam a retirada dos peixes se disseram felizes pelo fato da iniciativa que começou no ano passado ter dado certo em um momento que a Reserva de Dourados aparece na mídia mundial como local onde os indígenas estão passando por necessidades alimentícias.
A coordenadora geral da Secretária de Agricultura Familiar, Rosimari Ozório, que na ocasião representou o secretário Ermínio Guedes, disse que este é um trabalho que não pode parar. "Temos consciência da importância deste trabalho e vamos fazer o possível para que ele não pare", afirmou ela. "Esta iniciativa é importante para o desenvolvimento sustentável das pessoas menos favorecidas", disse a professora Theodora Souza., presidenta da Associação Avaeté Onhondivepá.
Poli Fernandes que administra com a ajuda de familiares o açude de onde foi realizada a retirada dos peixes, também ressaltou a importância do evento para a auto-suficiência dos indígenas. "É a gente mesmo produzindo para viver e para nossa família", disse ele. "No início alguns diziam que não ia dar certo, mas a semente foi plantada e hoje colhemos o resultado", afirma o funcionário do Idaterra, que também é indígena, Davi Massi.
O coordenador no Núcleo de Assuntos Indígenas da Prefeitura Municipal de Dourados, Anastácio Peralta, entende como positiva a iniciativa. "Este é o outro lado da Reserva, que infelizmente a gente não vê com freqüência na mídia. È a auto-suficiência das nações indígenas de Dourados", disse ele.
Em todo este trabalho os indígenas são acompanhados por técnicos como Anderson Pistori, que é técnico em Piscicultura da Biopiscis, empresa parceira no projeto. "A gente ensina uma vez e é impressionante a dedicação e a facilidade que todos tem em aprender", diz ele.
Em entrevista ao site da Prefeitura municipal de Dourados em agosto do ano passado, o ex-secretário de Agricultura Familiar da Prefeitura, Humberto Paschoalick, disse que os peixes auxiliam bastante para o enriquecimento da dieta alimentar dos indígenas. "A organização Mundial da Saúde (ONU) recomenda um consumo mínimo de 12 kg de carne de peixe por pessoa /ano. O Brasil consome, em média, cerca de 6,5 kg por pessoa /ano e ocupa a 10ª posição na América do Sul. O nosso projeto dispõe para o consumo, 27 kg de carne por pessoa beneficiária /ano e se fossemos posicionar este número no "ranking" sul-americano poderíamos dizer que os beneficiários do projeto na Terra Indígena de Dourados ocupariam o 3º lugar no consumo de peixes na América do Sul", disse ele.
Todo este trabalho recebe a gratidão dos líderes indígenas. "É muito bom se lembrarem da gente não só para mostrar o lado ruim da Reserva, mas para nos ajudar a se organizar", afirma Ambrósio Rocalti, líder Bororó.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source