De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Procuradora descarta miséria para justificar venda de crianças
07/05/2002
Autor: Antonio Viegas
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
Ontem, em visita às aldeias, a procuradora da Funai, Ana Maria de Carvalho, descartou que a venda das crianças possa estar ligada à miséria da comunidade indígena, uma vez que ela obteve informações de que eles são assistidos por mais de 15 programas sociais. Ela também comprovou a denúncia publicada na edição de sábado do Correio do Estado, em que uma mãe confirmou a venda do filho por R$ 50.
A miséria tem sido a principal alegação de mães indígenas para justificar a venda ou a doação de seus filhos. Nas ruas de Dourados é bastante comum índios pedindo alimentos, mendigando ou aproveitando as sobras das feiras livres. No entanto, os governos municipal, estadual e federal garantem que o índio vem sendo assistido por vários projetos que em anos anteriores não se via, principalmente ligados a alimentação e melhores condições de vida.
No ano passado o Correio do Estado denunciou o alto índice de mortalidade infantil nas aldeias Jaguapiru e Bororó, que preocupou os governantes. A partir daí diversas ações foram colocadas em prática e estatísticas revelam uma redução de pelo menos 60% nas mortes de crianças de 0 a 5 anos. Em 2001 foram registrados 21 óbitos, ligados direta ou indiretamente à desnutrição. Nos quatro primeiros meses foram sete mortes. Para efeito de comparativo, no mesmo período em 2002, foram registradas apenas três.
Os números são do Pólo Indígena da Fundação Nacional de Saúde, que hoje dispõe de um banco de dados completo sobre as aldeias locais, incluindo nascimentos, doenças com suas respectivas patologias, mortes pelos mais diversos problemas, inclusive a violência. Os números revelam ainda que até mesmo os casos de tuberculose, geralmente originados da desnutrição, foram reduzidos significativamente. Pelos números apresentados houve uma queda no índice de internações de 90 por cento.
O hospital especializado em tuberculose chegou a ser desativado, dando lugar a um centro de recuperação para desnutridos, onde hoje 25 crianças que estavam completamente fora dos padrões nutricionais recebem uma alimentação balanceada e só sairão quando atingirem o peso ideal. Neste ano, segundo o chefe do Pólo Indígena da Funasa, Nelson Olazar, foram diagnosticados apenas nove casos de tuberculose e com um índice de cura que superou as expectativas.
Ações
A própria fundação vem desenvolvendo uma série de outros trabalhos em parcerias, principalmente no sentido de atendimento às crianças, com assistência médica, social e nutrição. Todo essa atividade vem sendo desenvolvida por três equipes compostas por profissionais de várias áreas. A tuberculose, através desse projeto, vem sendo detectada e o tratamento é iniciado imediatamente. Também com parcerias, inclusive com empresas privadas, a Funasa mantém a produção de uma multimistura alimentar que é distribuída para todos os índios.
A miséria tem sido a principal alegação de mães indígenas para justificar a venda ou a doação de seus filhos. Nas ruas de Dourados é bastante comum índios pedindo alimentos, mendigando ou aproveitando as sobras das feiras livres. No entanto, os governos municipal, estadual e federal garantem que o índio vem sendo assistido por vários projetos que em anos anteriores não se via, principalmente ligados a alimentação e melhores condições de vida.
No ano passado o Correio do Estado denunciou o alto índice de mortalidade infantil nas aldeias Jaguapiru e Bororó, que preocupou os governantes. A partir daí diversas ações foram colocadas em prática e estatísticas revelam uma redução de pelo menos 60% nas mortes de crianças de 0 a 5 anos. Em 2001 foram registrados 21 óbitos, ligados direta ou indiretamente à desnutrição. Nos quatro primeiros meses foram sete mortes. Para efeito de comparativo, no mesmo período em 2002, foram registradas apenas três.
Os números são do Pólo Indígena da Fundação Nacional de Saúde, que hoje dispõe de um banco de dados completo sobre as aldeias locais, incluindo nascimentos, doenças com suas respectivas patologias, mortes pelos mais diversos problemas, inclusive a violência. Os números revelam ainda que até mesmo os casos de tuberculose, geralmente originados da desnutrição, foram reduzidos significativamente. Pelos números apresentados houve uma queda no índice de internações de 90 por cento.
O hospital especializado em tuberculose chegou a ser desativado, dando lugar a um centro de recuperação para desnutridos, onde hoje 25 crianças que estavam completamente fora dos padrões nutricionais recebem uma alimentação balanceada e só sairão quando atingirem o peso ideal. Neste ano, segundo o chefe do Pólo Indígena da Funasa, Nelson Olazar, foram diagnosticados apenas nove casos de tuberculose e com um índice de cura que superou as expectativas.
Ações
A própria fundação vem desenvolvendo uma série de outros trabalhos em parcerias, principalmente no sentido de atendimento às crianças, com assistência médica, social e nutrição. Todo essa atividade vem sendo desenvolvida por três equipes compostas por profissionais de várias áreas. A tuberculose, através desse projeto, vem sendo detectada e o tratamento é iniciado imediatamente. Também com parcerias, inclusive com empresas privadas, a Funasa mantém a produção de uma multimistura alimentar que é distribuída para todos os índios.
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