De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Nova morte de índio reacende tensão em Antônio João
26/07/2007
Fonte: Campo Grande News
Índios guarani-caiuá bloquearam ao meio-dia a MS-384, que liga Antônio João a Bela Vista, na região sul do Estado, em protesto à morte do índio Hilário Fernandes. Caminhões que transportam bois e calcário entre as duas cidades estão retidos na rodovia. Os índios dizem que só vão desbloquear a estrada após as autoridades esclarecerem a morte.
Hilário foi morto ontem à noite após ter sido atropelado por um carro não-identificado. Para os índios, não se tratou de um acidente, mas de um atropelamento proposital.
"O Hilário e o irmão estavam fora da estrada, o carro estava muito rápido, atropelou os dois e voltou para a rodovia, sem parar", disse Alenir Aquino. "Se fosse acidente, o carro teria caído do lado da estrada ou mesmo teria parado para socorrer".
Adelino Fernandes, irmão de Hilário, escapou com vida e também afirma que o atropelamento foi proposital. Ele viu o irmão morrer no acostamento. Hilário era rezador da comunidade.
O local do acidente - ou crime - é um dos pontos mais sensíveis da disputa por terras entre fazendeiros e índios em todo o País, onde a violência contra índios dura décadas. Foi naquela região que o líder indígena Marçal de Souza foi morto em 1983.
Os índios reivindicam uma área de 9.300 hectares. As fazendas compõem a terra Nhanderu Marangatu, homologada (última etapa do processo de criação de uma reserva indígena) em março de 2005 pela União.
Em setembro de 2005, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou, em setembro de 2005, a reintegração de posse aos fazendeiros e, depois, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido de suspensão da liminar, determinando que os índios fossem retirados no dia 15 de dezembro daquele ano. Na ocasião, a Polícia Federal fez o despejos das famílias indígenas dos 2 mil hectares que ocupavam, usando um grande aparato que incluiu 200 homens e um helicóptero.
Dias depois do despejo, no Natal de 2005, o indígena Dorvalino Rocha foi morto a tiros por uma equipe da empresa de segurança Gaspem, de Dourados, contratada pelos fazendeiros envolvidos no litígio.
O autor Carlos Gimenes Brites, 30 anos, assumiu a autoria dos disparos e foi denunciado no ano passado pelo Ministério Público Federal. Brites diz que agiu em "legítima defesa", tendo, de acordo com sua versão, atirado para o chão. Para os índios, Brites integrava uma milícia e executou Dorvalino com disparo à queima-roupa, sem sequer abordá-lo.
Hilário foi morto ontem à noite após ter sido atropelado por um carro não-identificado. Para os índios, não se tratou de um acidente, mas de um atropelamento proposital.
"O Hilário e o irmão estavam fora da estrada, o carro estava muito rápido, atropelou os dois e voltou para a rodovia, sem parar", disse Alenir Aquino. "Se fosse acidente, o carro teria caído do lado da estrada ou mesmo teria parado para socorrer".
Adelino Fernandes, irmão de Hilário, escapou com vida e também afirma que o atropelamento foi proposital. Ele viu o irmão morrer no acostamento. Hilário era rezador da comunidade.
O local do acidente - ou crime - é um dos pontos mais sensíveis da disputa por terras entre fazendeiros e índios em todo o País, onde a violência contra índios dura décadas. Foi naquela região que o líder indígena Marçal de Souza foi morto em 1983.
Os índios reivindicam uma área de 9.300 hectares. As fazendas compõem a terra Nhanderu Marangatu, homologada (última etapa do processo de criação de uma reserva indígena) em março de 2005 pela União.
Em setembro de 2005, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou, em setembro de 2005, a reintegração de posse aos fazendeiros e, depois, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido de suspensão da liminar, determinando que os índios fossem retirados no dia 15 de dezembro daquele ano. Na ocasião, a Polícia Federal fez o despejos das famílias indígenas dos 2 mil hectares que ocupavam, usando um grande aparato que incluiu 200 homens e um helicóptero.
Dias depois do despejo, no Natal de 2005, o indígena Dorvalino Rocha foi morto a tiros por uma equipe da empresa de segurança Gaspem, de Dourados, contratada pelos fazendeiros envolvidos no litígio.
O autor Carlos Gimenes Brites, 30 anos, assumiu a autoria dos disparos e foi denunciado no ano passado pelo Ministério Público Federal. Brites diz que agiu em "legítima defesa", tendo, de acordo com sua versão, atirado para o chão. Para os índios, Brites integrava uma milícia e executou Dorvalino com disparo à queima-roupa, sem sequer abordá-lo.
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