De Povos Indígenas no Brasil
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Índios antecipam Aty Guassu e articulam protestos
26/06/2008
Autor: Valéria Araújo
Fonte: Dourados Agora - www.douradosagora.com.br
Indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó anunciaram ontem nova onda de protestos em Dourados, previstas para os próximos dias. Eles reivindicam a saída da chefe da Funai, Margarida Nicoletti.
A principal queixa, segundo eles, é a falta de diálogo entre a fundação e os indígenas. Ao O PROGRESSO, o capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza, acompanhado por lideranças da aldeia Bororó, disse que o clima pode "esquentar" nos próximos dias.
A revolta foi motivada pelo confronto registrado na última terça-feira entre a Funai e os índios, "com troca de tiros e flechadas". Para Renato, o impasse serviu como prova de que um acordo entre as partes está cada vez mais distante.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial e na Polícia Federal com versões diferentes acerca dos fatos. Ontem, os indígenas foram procurados pela PF para prestar esclarecimentos. "Nós denunciamos inclusive que fomos as vítimas porque fomos recebidos à base de tiros, quando estávamos na nossa casa, na nossa aldeia".
Diante do impasse, os índios pretendem antecipar o Aty Guassu, que é um grande encontro entre as tribos, para que sejam definidas novas ações. Protestos como bloqueios em rodovias e manifestações diversas não estão descartadas.
O capitão afirma que o desta vez o movimento vai receber reforço. "Os 28 capitães e caciques das aldeias de todo o Conesul vão estar em Dourados, manifestando repúdio contra a permanência da Margarida a frente da Funai. Faremos isto para mostrar que representamos sim os 40 mil índios atendidos pela Funai. Só queremos que ela saia. O presidente da Funai poderia enviar de Brasília uma pessoa neutra, para comandar a fundação", sugere.
Renato denuncia que a Funai não vem respeitando a cultura indígena. "Eles nem sequer respeitam as lideranças como tal. A coordenadora pode até não dar valor ao nosso cargo, mas os índios dão. A opinião dos caciques deveria ser pelo menos levada em conta nas decisões da Funai", acusa.
A principal queixa, segundo eles, é a falta de diálogo entre a fundação e os indígenas. Ao O PROGRESSO, o capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza, acompanhado por lideranças da aldeia Bororó, disse que o clima pode "esquentar" nos próximos dias.
A revolta foi motivada pelo confronto registrado na última terça-feira entre a Funai e os índios, "com troca de tiros e flechadas". Para Renato, o impasse serviu como prova de que um acordo entre as partes está cada vez mais distante.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial e na Polícia Federal com versões diferentes acerca dos fatos. Ontem, os indígenas foram procurados pela PF para prestar esclarecimentos. "Nós denunciamos inclusive que fomos as vítimas porque fomos recebidos à base de tiros, quando estávamos na nossa casa, na nossa aldeia".
Diante do impasse, os índios pretendem antecipar o Aty Guassu, que é um grande encontro entre as tribos, para que sejam definidas novas ações. Protestos como bloqueios em rodovias e manifestações diversas não estão descartadas.
O capitão afirma que o desta vez o movimento vai receber reforço. "Os 28 capitães e caciques das aldeias de todo o Conesul vão estar em Dourados, manifestando repúdio contra a permanência da Margarida a frente da Funai. Faremos isto para mostrar que representamos sim os 40 mil índios atendidos pela Funai. Só queremos que ela saia. O presidente da Funai poderia enviar de Brasília uma pessoa neutra, para comandar a fundação", sugere.
Renato denuncia que a Funai não vem respeitando a cultura indígena. "Eles nem sequer respeitam as lideranças como tal. A coordenadora pode até não dar valor ao nosso cargo, mas os índios dão. A opinião dos caciques deveria ser pelo menos levada em conta nas decisões da Funai", acusa.
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