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MPF recorrerá contra despejo de aldeia Guarani no Mato Grosso do Sul
18/12/2008
Fonte: CIMI - www.cimi.org.br
O Ministério Público Federal (MPF) e a Advocacia Geral da União (AGU) recorrerão ao Tribunal Regional Federal (TRF3) da decisão da Justiça Federal que ordenou o despejo das cerca de 40 famílias Guarani Kaiowá, que vivem na terra Ñanderu Laranjeira, no município de Rio Brilhante, Mato Groso do Sul. Os Guarani estão na área desde dezembro de 2007, quando retomaram parte de sua terra tradicional.
Hoje, 18 de dezembro, o MPF e a AGU devem protocolar no TRF3 o instrumento que solicita a suspensão da decisão do Juiz Federal Substituto Fábio Rubem David Muzel, de Dourados (MS), que ordenou o despejo. A Polícia Federal já informou a Fundação Nacional do Índio (Funai) que não cumprirá a reintegração de posse da área ocupada até o dia 5 de janeiro do próximo ano.
Os Guarani esperam que o TRF3 priorize o julgamento deste caso para que haja uma decisão logo nos primeiros dias de janeiro, antes que a PF os despeje da terra onde vivem. "Se a gente sair daqui, vai para a beira da estrada e aí muitas crianças podem ser atropeladas", disse preocupado o cacique Faride Mariano de Lima.
No início de janeiro, um grupo da comunidade irá até São Paulo tentar uma audiência com o desembargador do TRF3 que ficar responsável pelo caso do povo. A mãe de Faride, uma indígena de 83 anos, fará parte do grupo. Ela contará que viveu em Ñanderu Laranjeira até ser expulsa da terra na década de 1960. "Eu nasci aqui. É nossa terra. Não temos para onde sair. Estamos no mato, tranqüilos, pescando, caçando. Não tem gado aqui", afirmou Faride. Os quase 130 Guarani estão vivendo em uma área de reserva ambiental, de uma área titulada como Fazenda Santo Antônio.
Casos os indígenas sejam despejados da área, entre outras conseqüências, as 60 crianças que estudam em Rio Brilhante terão de sair da escola. Na comunidade, já ocorreu um suicídio e teme-se que, com a expulsão, outros ocorram.
Hoje, 18 de dezembro, o MPF e a AGU devem protocolar no TRF3 o instrumento que solicita a suspensão da decisão do Juiz Federal Substituto Fábio Rubem David Muzel, de Dourados (MS), que ordenou o despejo. A Polícia Federal já informou a Fundação Nacional do Índio (Funai) que não cumprirá a reintegração de posse da área ocupada até o dia 5 de janeiro do próximo ano.
Os Guarani esperam que o TRF3 priorize o julgamento deste caso para que haja uma decisão logo nos primeiros dias de janeiro, antes que a PF os despeje da terra onde vivem. "Se a gente sair daqui, vai para a beira da estrada e aí muitas crianças podem ser atropeladas", disse preocupado o cacique Faride Mariano de Lima.
No início de janeiro, um grupo da comunidade irá até São Paulo tentar uma audiência com o desembargador do TRF3 que ficar responsável pelo caso do povo. A mãe de Faride, uma indígena de 83 anos, fará parte do grupo. Ela contará que viveu em Ñanderu Laranjeira até ser expulsa da terra na década de 1960. "Eu nasci aqui. É nossa terra. Não temos para onde sair. Estamos no mato, tranqüilos, pescando, caçando. Não tem gado aqui", afirmou Faride. Os quase 130 Guarani estão vivendo em uma área de reserva ambiental, de uma área titulada como Fazenda Santo Antônio.
Casos os indígenas sejam despejados da área, entre outras conseqüências, as 60 crianças que estudam em Rio Brilhante terão de sair da escola. Na comunidade, já ocorreu um suicídio e teme-se que, com a expulsão, outros ocorram.
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