De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Indiozinhos arriscam vida no trânsito de Dourados
14/01/2010
Autor: Valéria Araújo
Fonte: Douradosagora - http://douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=272907
Crianças atravessam avenida sozinhas; Menina de seis anos foi atropelada e ficou gravemente ferida. "Mesmo com as dificuldades, ainda estamos melhor aqui do que na aldeia", diz mãe
Quem passa pela Avenida Marcelino Pires, na altura da Cabeceira Alegre, se depara com dezenas de crianças indígenas que atravessam a rua de um lado para o outro. Elas estão acampadas com as famílias na Praça do Cinquentenário. Desacompanhadas dos pais arriscam a vida ao transitar pela principal Avenida da cidade.
Na semana passada uma indiazinha de seis anos foi atropelada por um motociclista. Ela, o condutor da moto e a carona ficaram feridos. Eles foram encaminhados para o Hospital da Vida, medicados e agora passam bem.
O susto da semana passada pode se transformar em tragédia. Para a comerciante Sueli Santana de Araújo, 35 anos, algo precisa ser feito de forma urgente. Ela passa pelo local com frequência, para ir para o trabalho. "Esses dias um carro quase atropelou outra criança. O condutor freou em cima dela. Por pouco não houve uma fatalidade. Quando passo por ali de carro, já vou freando porque sei que a qualquer momento uma das crianças pode atravessar", relata a comerciante.
A indígena Valdenice Veron conta que os riscos são grandes, mas é a única forma que encontraram de reivindicar seus direitos. "Nas aldeias a situação é de miséria. Aqui, por mais que enfrentamos dificuldades, estamos de certa forma em melhores condições do que nas aldeias", disse ela, observando que ali, vários grupos de índios ajudam a manter o manifesto. "Eles nos trazem comida, roupas e até bolo. Na aldeia não tem isso", frisa.
A indígena Lúcia Vargas, da etnia Caiuá, conta que na cultura indígena, aonde a mãe vai, os filhos acompanham. "Se vamos dormir embaixo da lona no meio da praça eles também vão. Não existe abandono dos filhos para qualquer que seja a função", disse. Para ela, as crianças estão adoecendo e correndo riscos diversos. "Se não fosse a ajuda de moradores vizinhos que levam água e alimentos, muitas pessoas poderiam ter morrido", disse.
ACAMPAMENTO
Cerca de 20 indígenas estão acampados em frente da Praça do Cinquentenário. Eles reivindicam a nomeação da bióloga Arlete Pereira ao cargo de coordenação. O protesto pode ser intensificado nos próximos dias, uma vez que cinco dos indígenas foram presos acusados de liderar invasão ao prédio da Funai, em 17 de dezembro. Na ocasião os indígenas reivindicavam a saída da então coordenadora Margarida Nicoletti, exonerada do cargo na última segunda-feira.
Quem passa pela Avenida Marcelino Pires, na altura da Cabeceira Alegre, se depara com dezenas de crianças indígenas que atravessam a rua de um lado para o outro. Elas estão acampadas com as famílias na Praça do Cinquentenário. Desacompanhadas dos pais arriscam a vida ao transitar pela principal Avenida da cidade.
Na semana passada uma indiazinha de seis anos foi atropelada por um motociclista. Ela, o condutor da moto e a carona ficaram feridos. Eles foram encaminhados para o Hospital da Vida, medicados e agora passam bem.
O susto da semana passada pode se transformar em tragédia. Para a comerciante Sueli Santana de Araújo, 35 anos, algo precisa ser feito de forma urgente. Ela passa pelo local com frequência, para ir para o trabalho. "Esses dias um carro quase atropelou outra criança. O condutor freou em cima dela. Por pouco não houve uma fatalidade. Quando passo por ali de carro, já vou freando porque sei que a qualquer momento uma das crianças pode atravessar", relata a comerciante.
A indígena Valdenice Veron conta que os riscos são grandes, mas é a única forma que encontraram de reivindicar seus direitos. "Nas aldeias a situação é de miséria. Aqui, por mais que enfrentamos dificuldades, estamos de certa forma em melhores condições do que nas aldeias", disse ela, observando que ali, vários grupos de índios ajudam a manter o manifesto. "Eles nos trazem comida, roupas e até bolo. Na aldeia não tem isso", frisa.
A indígena Lúcia Vargas, da etnia Caiuá, conta que na cultura indígena, aonde a mãe vai, os filhos acompanham. "Se vamos dormir embaixo da lona no meio da praça eles também vão. Não existe abandono dos filhos para qualquer que seja a função", disse. Para ela, as crianças estão adoecendo e correndo riscos diversos. "Se não fosse a ajuda de moradores vizinhos que levam água e alimentos, muitas pessoas poderiam ter morrido", disse.
ACAMPAMENTO
Cerca de 20 indígenas estão acampados em frente da Praça do Cinquentenário. Eles reivindicam a nomeação da bióloga Arlete Pereira ao cargo de coordenação. O protesto pode ser intensificado nos próximos dias, uma vez que cinco dos indígenas foram presos acusados de liderar invasão ao prédio da Funai, em 17 de dezembro. Na ocasião os indígenas reivindicavam a saída da então coordenadora Margarida Nicoletti, exonerada do cargo na última segunda-feira.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.