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Empresários pedem fim de barreiras Economia

12/06/2003

Autor: Margarida Galvão

Fonte: Jornal do Commercio-Manaus-AM



O livre trânsito na BR-174, de Manaus até a Vila Pacaraima/Roraima, sem restrições de horário, bem como a abertura da fronteira Pacaraima/Santa Helena durante 24 horas do dia. É o que falta para deslanchar as relações bilaterais entre os empresários brasileiros, principalmente do Pólo Industrial de Manaus, e os venezuelanos.

O pedido já foi encaminhado aos presidentes da República dos dois países, cuja resposta pode ser dada no encontro empresarial que acontece nesta sexta-feira e sábado no Hotel Tropical de Manaus.

O presidente da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria, José Francisco Marcondes Neto, disse que vários problemas foram levantados no último encontro empresarial dos dois países em Recife, no mês de abril, entre os quais o do transporte rodoviário por meio da BR-174. "Os gargalos são o fechamento da fronteira Brasil/Venezuela no horário das 22h às 6h e no trecho onde se encontra a reserva Uaimiri Atroari das 18h às 6h, que ficam intrafegáveis nesses horários", explica.

Marcondes informa que 10% do comércio total entre o Brasil e Venezuela é feito pela Região Norte, principalmente pelo Estado do Amazonas, que produz eletroeletrônicos e pode oferecer serviços nos setores de turismo, agrícola e alimentos.


Encontro de negócios

Segundo Marcondes, todos esses produtos e serviços foram identificados como de maior potencial no Amazonas por parte dos empresários venezuelanos. "O resultado só saberemos após a rodada de negócios que acontece sexta-feira à tarde no evento", avisa.

Pelas projeções de José Francisco Marcondes o evento vai contar com a participação de 300 empresários, sendo 150 venezuelanos e o restante brasileiros, principalmente de São Paulo, Amazonas e de Roraima. "Acredito que será o maior evento empresarial na Região Norte este ano, que resultará em grandes negócios para ambos os países", avalia.

Além de matérias-primas básicas como cimento, alumínio, aço e ferro, Marcondes disse que os empresários venezuelanos podem vender para o Brasil, inclusive para o Amazonas, uma gama de produtos de consumo.

Parceria será setorizada

Uma reunião com a participação de mais de 50 empresários marcou a indicação de nomes para a composição da Câmara de Indústria e Comércio Brasil/Venezuela - Manaus. A reunião foi realizada na última segunda feira, dia nove, na sede da ACA (Associação Comercial do Amazonas).

Ao todo 22 empresários foram indicados para fazer parte da Câmara que será oficialmente instalada durante a visita do presidente da Venezuela Hugo Chaves a Manaus, no próximo dia 13 de junho. O presidente vem prestigiar o encontro comercial entre os dois países.

A Câmara será implantada objetivando formar núcleos em diversas áreas como petróleo e petroquímica, hotelaria e turismo, indústria, comércio atacadista e varejista, transporte e logística, bens e serviços, agropecuária, construção civil e distribuição de petróleo. De acordo com o presidente da ACA, José de Moura Teixeira Lopes, a instalação da Câmara servirá para alavancar e dar um novo ânimo para os comerciantes locais, que poderão aquecer seus negócios.
 

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