De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índios adolescentes conhecem o ECA
24/06/2010
Fonte: O Progresso (MS) - http://www.progresso.com.br
DOURADOS - O Projeto de Extensão "Conhecendo o Estatuto da Criança e do Adolescente", desenvolvido pela Faculdade de Direito e Serviço Social do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), foi apresentado anteontem aos estudantes da Escola Municipal Tengatui Marangatu, na Reserva Indígena de Dourados. Com o tema "A Indisciplina e os Deveres Comportamentais na Escola", o professor universitário Robson Moraes dos Santos e o acadêmico João Augusto Ribeiro dos Santos mostraram aos jovens indígenas os direitos e os deveres que são estabelecidos pelo ECA.
A palestra foi precedida de uma reunião com o corpo pedagógico da escola indígena, ocasião em que os acadêmicos tiveram conhecimento dos mais variados problemas encontrados na Reserva Indígena, desde as questões de ausência de políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes que ali residem até a explosão do consumo de drogas e bebidas alcoólicas. Essa situação tem resultado no aumento de atos infracionais praticados mediante grave ameaça ou violência à pessoa.
O coordenador escolar Elias Moreira deixou patente essa preocupação. "Dentre os vários problemas existentes aqui na reserva e o que mais nos preocupa hoje é grande número de jovens usuários de drogas, situação que vem se agravando a cada dia e que nos tem deixado aflitos como, por exemplo, o caso de um adolescente que nos procurou semana passada dizendo que seu irmão e sua mãe, por serem viciados, querem obrigá-lo a também usar drogas", relata o educador.
Ele disse que é triste "ver o desespero desse educando de nos procurar para ajudá-lo é triste de mais, principalmente diante de nossa impotência, pois os órgãos responsáveis pela comunidade dizem que a responsabilidade é do poder público, e das Polícias Civil e Militar, porém, estas dizem que a responsabilidade é do órgão responsável pela reserva, no caso a Funai", relata o coordenador.
A palestra foi proferida a crianças e adolescentes das etnias Guarani, Caiuá e Terena. O professor Robson Moraes dos Santos levou ao conhecimento dos educando que o Estatuto da Criança e do Adolescente não faz distinção alguma em relação a cor, raça ou etnia, que toda criança e adolescente como eles, têm direitos e deveres. Robson Moraes relatou os casos reais de jovens internos da Unei de Dourados e como muitos deles morreram precocemente por não quererem levar uma vida dentro dos padrões normais de convivência saudável.
O acadêmico Higor Penzo falou com essas crianças e adolescentes sobre os riscos do uso de drogas, álcool, brigas entre amigos, e o quanto isso é prejudicial a vida de qualquer pessoa independente de onde esteja. "A droga é prejudicial a qualquer um e que fazer uso dela como válvula de escape para fugir de problemas sociais não é o melhor caminho", alertou o acadêmico. "O caminho certo é respeitar o próximo para com isso se fazer respeitar", orientou.
O acadêmico Horácio Viegas levou os jovens da Reserva Indígena a uma reflexão de futuro, demonstrando a eles que nunca é tarde para se sonhar e ingressar em uma Universidade, que este sempre foi seu grande sonho, mas que por problemas pessoais veio a realizá-lo um pouco tarde. "Porém este é um sonho que está se realizando, contudo, através de muita força de vontade", relatou.
O acadêmico João Gustavo Jara ministrou seus conhecimentos através de músicas de cunho reflexivo, ressaltando a importância de se saber viver com responsabilidade, levando-os a buscar um futuro melhor, uma vida melhor, que dificuldade não existem apenas nas aldeias que eles vivem, mas em todos os lugares. "Quando encontrarem pedras em seus caminhos, guarde-as para que no futuro construam um castelo com elas", sugeriu.
O educando Luiz Carlos, nos relatou as várias oportunidades que tem tido em sua vida, oportunidades profissionais, e que almeja aprender cada vez mais, para que num futuro muito próximo possa ajudar seu povo. O Projeto de Extensão do ECA foi levado à aldeia com a colaboração dos seguintes acadêmicos de Direito: João Gustavo Jara, Keila Cristina Pereira de Araújo, Horácio Viegas, Higor Penzo e Paula Loureiro G. de Figueiredo.
http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=46287
A palestra foi precedida de uma reunião com o corpo pedagógico da escola indígena, ocasião em que os acadêmicos tiveram conhecimento dos mais variados problemas encontrados na Reserva Indígena, desde as questões de ausência de políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes que ali residem até a explosão do consumo de drogas e bebidas alcoólicas. Essa situação tem resultado no aumento de atos infracionais praticados mediante grave ameaça ou violência à pessoa.
O coordenador escolar Elias Moreira deixou patente essa preocupação. "Dentre os vários problemas existentes aqui na reserva e o que mais nos preocupa hoje é grande número de jovens usuários de drogas, situação que vem se agravando a cada dia e que nos tem deixado aflitos como, por exemplo, o caso de um adolescente que nos procurou semana passada dizendo que seu irmão e sua mãe, por serem viciados, querem obrigá-lo a também usar drogas", relata o educador.
Ele disse que é triste "ver o desespero desse educando de nos procurar para ajudá-lo é triste de mais, principalmente diante de nossa impotência, pois os órgãos responsáveis pela comunidade dizem que a responsabilidade é do poder público, e das Polícias Civil e Militar, porém, estas dizem que a responsabilidade é do órgão responsável pela reserva, no caso a Funai", relata o coordenador.
A palestra foi proferida a crianças e adolescentes das etnias Guarani, Caiuá e Terena. O professor Robson Moraes dos Santos levou ao conhecimento dos educando que o Estatuto da Criança e do Adolescente não faz distinção alguma em relação a cor, raça ou etnia, que toda criança e adolescente como eles, têm direitos e deveres. Robson Moraes relatou os casos reais de jovens internos da Unei de Dourados e como muitos deles morreram precocemente por não quererem levar uma vida dentro dos padrões normais de convivência saudável.
O acadêmico Higor Penzo falou com essas crianças e adolescentes sobre os riscos do uso de drogas, álcool, brigas entre amigos, e o quanto isso é prejudicial a vida de qualquer pessoa independente de onde esteja. "A droga é prejudicial a qualquer um e que fazer uso dela como válvula de escape para fugir de problemas sociais não é o melhor caminho", alertou o acadêmico. "O caminho certo é respeitar o próximo para com isso se fazer respeitar", orientou.
O acadêmico Horácio Viegas levou os jovens da Reserva Indígena a uma reflexão de futuro, demonstrando a eles que nunca é tarde para se sonhar e ingressar em uma Universidade, que este sempre foi seu grande sonho, mas que por problemas pessoais veio a realizá-lo um pouco tarde. "Porém este é um sonho que está se realizando, contudo, através de muita força de vontade", relatou.
O acadêmico João Gustavo Jara ministrou seus conhecimentos através de músicas de cunho reflexivo, ressaltando a importância de se saber viver com responsabilidade, levando-os a buscar um futuro melhor, uma vida melhor, que dificuldade não existem apenas nas aldeias que eles vivem, mas em todos os lugares. "Quando encontrarem pedras em seus caminhos, guarde-as para que no futuro construam um castelo com elas", sugeriu.
O educando Luiz Carlos, nos relatou as várias oportunidades que tem tido em sua vida, oportunidades profissionais, e que almeja aprender cada vez mais, para que num futuro muito próximo possa ajudar seu povo. O Projeto de Extensão do ECA foi levado à aldeia com a colaboração dos seguintes acadêmicos de Direito: João Gustavo Jara, Keila Cristina Pereira de Araújo, Horácio Viegas, Higor Penzo e Paula Loureiro G. de Figueiredo.
http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=46287
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.