De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índios contra Belo Monte
09/02/2011
Fonte: O Globo, Economia, p. 21
Índios contra Belo Monte
Líderes do Alto Xingu fazem protesto em Brasília e levam carta à presidente Dilma
Chico de Gois e Monica Tavares
Líderes indígenas do Alto Xingu entregaram ontem uma carta assinada por dezenas de entidades contrárias à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Depois de fazerem uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, que reuniu mais de 500 pessoas, dez representantes indígenas foram recebidos pelo secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sotilli, e pelo secretário nacional da Articulação Social, Paulo Maldos.
No documento, que eles pediram para ser encaminhado à presidente Dilma Rousseff, os movimentos contrários à usina apontam "relações promíscuas" entre o setor elétrico do governo, "comandado atualmente pelo grupo Sarney do PMDB", e grandes empreiteiras, a maioria delas "grandes doadoras para campanhas eleitorais, inclusive as do PT e do PMDB".
A carta diz que os impactos social e ambiental da obra foram subestimados e que, se levada adiante, a construção causará sérios danos às populações ribeirinhas e aos índios. Para os integrantes do movimento Xingu Vivo, Belo Monte terá uma reduzida capacidade de geração de energia. Eles pedem seu cancelamento definitivo. O cacique Ireo Kaiapó disse que, se a construção for mantida, haverá muito prejuízo para sua tribo:
- Se a barragem acontecer, vai ter problemas. Vai ter briga, morte, doenças, prejuízos. Onde o índio vai viver? Será que vai morar em Brasília? Não queremos.
Ao saber do protesto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, argumentou que, se o país não puder construir hidrelétricas, que fornecem energia limpa e renovável, terá "que construir térmicas poluentes a custos muito mais elevados".
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquin, fez coro na defesa de Belo Monte e disse que a obra não terá impacto direto nas tribos.
O Globo, 09/02/2011, Economia, p. 21
Líderes do Alto Xingu fazem protesto em Brasília e levam carta à presidente Dilma
Chico de Gois e Monica Tavares
Líderes indígenas do Alto Xingu entregaram ontem uma carta assinada por dezenas de entidades contrárias à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Depois de fazerem uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, que reuniu mais de 500 pessoas, dez representantes indígenas foram recebidos pelo secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sotilli, e pelo secretário nacional da Articulação Social, Paulo Maldos.
No documento, que eles pediram para ser encaminhado à presidente Dilma Rousseff, os movimentos contrários à usina apontam "relações promíscuas" entre o setor elétrico do governo, "comandado atualmente pelo grupo Sarney do PMDB", e grandes empreiteiras, a maioria delas "grandes doadoras para campanhas eleitorais, inclusive as do PT e do PMDB".
A carta diz que os impactos social e ambiental da obra foram subestimados e que, se levada adiante, a construção causará sérios danos às populações ribeirinhas e aos índios. Para os integrantes do movimento Xingu Vivo, Belo Monte terá uma reduzida capacidade de geração de energia. Eles pedem seu cancelamento definitivo. O cacique Ireo Kaiapó disse que, se a construção for mantida, haverá muito prejuízo para sua tribo:
- Se a barragem acontecer, vai ter problemas. Vai ter briga, morte, doenças, prejuízos. Onde o índio vai viver? Será que vai morar em Brasília? Não queremos.
Ao saber do protesto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, argumentou que, se o país não puder construir hidrelétricas, que fornecem energia limpa e renovável, terá "que construir térmicas poluentes a custos muito mais elevados".
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquin, fez coro na defesa de Belo Monte e disse que a obra não terá impacto direto nas tribos.
O Globo, 09/02/2011, Economia, p. 21
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